quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

10 DICAS PEDAGÓGICAS

CATEQUESEXPRESS: 10 DICAS PEDAGÓGICAS - Adaptado Flávio: 10 dicas para dominar as modernas práticas pedagógicas. Muitos catequistas têm dificuldade de passar o discurso pedagógico do papel para a ...

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O QUERIGMA PARA PAIS E PADRINHOS DE BATISMO

O QUERIGMA PARA PAIS E PADRINHOS Por Catequista Josivaldo PARA INÍCIO DE CONVERSA o catequista diz: ANTES DE FALAR DO BATISMO, quero falar de Jesus Cristo para você. Ele que é nosso Deus. Nosso Mestre e Senhor. Nosso Pastor. Nosso irmão e advogado. Quero lhe dizer que existem SEIS VERDADES que você precisa conhecer e acreditar a partir de agora antes de falar sobre o Sacramento do Batismo. 1ª VERDADE - DEUS AMA VOCÊ HOJE (João 15, 9) Deus é um Pai Amoroso, que te ama pessoal e incondicionalmente e quer o melhor para ti. Não te ama porque sejas bom, mas sim porque ele é bom. Motivação: Não te pede que o ames, mas que te deixes amar por ele. VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: Porque não percebo? DEUS responde em Deuteronômio 30:11-14 2ª VERDADE – VOCÊ NÃO PODE TI SALVAR POR TI MESMO (Romanos 3, 23) O pecado, que consiste em não confiar em Deus e não depender Dele impede que sintas o amor divino. És pecador necessitado de Salvação, porque não és capaz de vencer Satanás nem de libertar-te do poder do pecado. Motivação: Reconhece o teu pecado diante Dele. VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: Qual a Solução? DEUS responde em Romanos 13, 11 a 14 3ª VERDADE – JESUS É A ÚNICA SOLUÇÃO E ELE JÁ TE SALVOU (João 3, 16) Existe uma boa notícia: Jesus já te salvou e perdoou, pagando a dívida com o preço de Seu sangue. Com Sua morte por ti e Sua ressurreição, partilhou contigo a vida: vida de filho de Deus. Já estamos em paz com Deus e é possível a felicidade. Jesus não nos salva. Já nos salvou VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: O que devo fazer? DEUS responde em Atos dos Apóstolos 2, 38 a 39 4ª VERDADE – JESUS É TEU SENHOR E SALVADOR (Romanos 14,9) Jesus ganhou, já, uma Nova Vida para ti. Receba-a, crendo e convertendo-te: - Crer em Alguém, mais do que algo, confiando que seu caminho é melhor que o teu. - Confessá-lo como Salvador pessoal e renunciar a qualquer outro meio de Salvação. - Converter-te é mudar tua vida pela vida de Jesus. Entregar tua vida de pecado e começar a viver a vida de filho de Deus. - Proclamar Jesus como Senhor de todas as áreas da vida. Motivação: Abre as portas do teu coração a Jesus que te chama. VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: Para que eu devo crer e me converter? DEUS responde em Romanos 10, 9 5ª VERDADE – A PROMESSA DE JESUS HOJE É PARA TI (Atos 2,39) Qual é a promessa de Jesus? Enviar o Espírito Santo a você. Te dar o Espírito Santo. Jesus se faz presente com sua Salvação por meio de seu Espírito. Ele está sedento de presentear-te com a água viva do Espírito de filiação, que clama: “Abba”: papai. Motivação: Pede e recebe o Dom do Espírito. VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: E agora? O que faço? DEUS responde em Mateus 7, 7 a 8 6ª VERDADE – É NA COMUNIDADE QUE VOCÊ É AMADO E FORTALECIDO (Atos 2 42 a 47) Não basta nascer: é preciso crescer na vida nova. Para isso, é necessário manter-se unido à vida (Jesus), vivendo como parte do Corpo de Cristo, em união com todos os outros membros. O encontro com Cristo leva, necessariamente, ao encontro do irmão, especialmente do mais necessitado. Motivação: Persevera com Jesus na comunidade. VOCÊ PODE SE PERGUNTAR: O que falta para eu participar mais na comunidade? DEUS responde em Colossenses 3, 15

Cinco pilares da Evangelização Inclusiva | Sou Catequista

Cinco pilares da Evangelização Inclusiva | Sou Catequista

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

sábado, 19 de setembro de 2015

Roteiro de visitas às famílias dos catequizandos

Catequizando Feliz: Roteiro de visitas às famílias dos catequizandos: "É preciso que eu fique hoje na sua casa." Lc 19, 5) As visitas às famílias (ou a outros ambientes onde se encontrarm os catequ...

CATEQUESE COM ADULTOS - Crisma Perguntas e Respostas:

BLOGUEIROS EM CATEQUESE - CATEQUESE COM ADULTOS PARÓQUIA N. S. DO ROSÁRIO: Crisma Perguntas e Respostas:: Crisma Perguntas e Respostas: 1. Quem é Deus? R: Deus é um espírito perfeitíssimo e eterno, criador do céu e da Terra e nosso Pai. 2. P...

Catequese em Ação: Questionário

Catequese em Ação: Questionário: DIOCESE DE CRICIÚMA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS   TEMA: ESPIRITUALIDADE NA CATEQUESE e IMP...

Questionário e Compromisso para os pais

Catequista Semeadores da Palavra de Deus: Questionário e Compromisso para os pais: Questionário aplicado em visita domiciliar. Objetivo: Conhecer a realidade dos catequizandos, aproximar catequese e família e facilitar a...

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Didaqué: a Instrução dos Apóstolos

A Didaqué: a Instrução dos Apóstolos: Cristogram a   com Alfa e Ô mega – I nscrição escavada na   antiquíssima  Basílica de São Lourenço Extramuros  (Roma, Itália) O DOCU...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

domingo, 3 de maio de 2015

sexta-feira, 3 de abril de 2015

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Querigma – Querigma e Catequese

O Querigma – Querigma e Catequese
·         O Querigma: Primeiro anúncio de Jesus
·         A Catequese: Ensino progressivo da fé
São 2 passos consecutivos, onde o querigma sempre deve anteceder à catequeseSe o querigma é a forte badalada do sino, a catequese é o eco da badalada. A catequese prolonga o anúncio querigmático. Não é fria doutrina ou meros ensinamentos teóricos, mas a extensão e a plenitude da nova vida trazida por Jesus. A vida nos é dada pela fé com que respondemos ao anúncio querigmático, mas a vida em abundância chega à sua plenitude, através da catequese vivida na fé.

O Querigma  – Os 3 Personagens da Evangelização

Na evangelização há 3 personagens: O Evangelizador, o Evangelizando e o Espírito Santo. Cada um com seu papel bem claro e definido, que não deve ser suplantado pelo outro.
1) O Evangelizando: Escuta e Responde a Deus
·Seu papel é escutar a Palavra anunciada pelo evangelizador
·Ele, e somente ele, dá uma resposta à Palavra proclamada, com uma atitude tanto interior, quanto exterior
·Ele se confessa pecador e pede perdão de seus pecados
· Proclama Jesus como Senhor de sua vida
·Pede a Jesus Messias o Espírito Santo e o recebe
Não lhe compete:
·Discutir com o evangelizador. Porém, é legítimo que faça perguntas e tire dúvidas
·Dar, mas apenas receber
·Justificar-se: “eu não faço nada de mal”, nem condenar-se: “eu não tenho perdão”
2) O Espírito Santo: Convence e Converte
·         A proclamação e o testemunho do evangelizador são instrumentos necessários, mas apenas instrumentos, já que o agente principal da evangelização é o Espírito Santo. Ele atua tanto no evangelizador quanto no evangelizando.
Atuação do Espírito Santo no evangelizador:
·         Dá-lhe zelo pelo Evangelho
·         Unge-o e usa-o como canal de sua obra
·         Enche-o de poder e amor
Atuação do Espírito Santo no evangelizando:
·         Usando as palavras e atitudes do evangelizador como veículo de sua obra salvífica, o Espírito Santo é quem realiza com eficácia a obra da evangelização, infundindo a fé, para convencê-lo de que é pecador necessitado de salvação e, em consequencia, que proclame Jesus como Salvador e Senhor.
3) O Evangelizador: Proclama e Testemunha
·         Proclama Jesus, uma Pessoa Viva e seus atos de Salvação
·         Anuncia jubilosamente a Boa Nova: Já fomos salvos
·         Apresenta Jesus Salvador como a única solução para cada homem, para a sociedade e para o mundo inteiro
·         É testemunha e dá testemunho: Com sua própria vida e em todo tempo e lugar, é testemunha de que graças a Jesus é possível viver de uma maneira nova neste mundo, e que sua morte e ressurreição são eficazes nos dias atuais. E testifica com palavras o que Deus realizou nele
Não lhe compete:
·         Ensinar teorias ou apresentar doutrinas.
·         Defender Deus. O advogado é o Espírito Santo.
·         Tentar convencer o evangelizando com argumentos, citações bíblicas, sugestão ou qualquer tipo de manipulação dos sentimentos.
·         Converter e transformar as pessoas, pois quem converte e transforma é o Espírito Santo.
·         Ver o fruto terminado da obra de evangelização
Há 4 condições necessárias para se poder ser um evangelizador e, posteriormente, um formador de evangelizadores:
·         Ter experiência de salvação
·         Ter zelo pelo evangelho
·         Análise da realidade
·         Viver o Evangelho
Analisemos estas condições:

O testemunho deve ter 3 características: ABC (Alegre, Breve e Centrado em Cristo)
Alegre:
Um testemunho deve estar envolto numa atmosfera de alegria, acompanhado de um sorriso, do entusiasmo das palavras e da convicção dos olhos. A alegria é o primeiro sinal de quem encontrou o tesouro escondido. Não se trata de uma alegria porque não existem problemas, mas sim porque a alegria do Senhor é nossa fortaleza.
Breve:
Um bom testemunho deve ser centrado no fundamental da obra salvífica de Deus, sem entrar em detalhes acidentais ou complicados. Os relatos longos são cansativos porque se perde o enfoque fundamental. Não se deve exagerar as coisas, nem o nosso pecado, nem a obra salvífica de Deus.
Centrado em Cristo:
Um testemunho não está centrado em quem o dá, para que os outros o admirem, mas sim centrado em Cristo mesmo, e em sua obra salvífica.
Há quem pense que os testemunhos que mais impressionam são aqueles em que Deus realizou coisas maravilhosas e mudanças radicais, acompanhados por milagres e sinais extraordinários. Não é sempre assim. Cada testemunho toca às pessoas que estão seguindo um caminho semelhante. Há muitas pessoas que se parecem com cada um de nós e não necessitam de grandes coisas. Nosso testemunho para eles será uma grande libertação.
O testemunho deve terminar sempre com uma explícita exortação: “Se fez em mim, pode fazer em ti. O Senhor quer fazer também em tua vida”.

José H. Prado Flores
Livro: Como Evangelizar os Batizados (Ed. Loyola)



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Os quatro pilares para edificação da fé

Os quatro pilares para edificação da fé É importante que o catequista saiba que o conjunto dos temas deste manual procura apresentar progressivamente conteúdos que fazem parte dos quatro pilares que a Igreja nos apresenta para edificar a fé. Por meio desses quatro pilares ou grandes temas, desenvolvemos com a metodologia do manual uma catequese bíblica, litúrgica, celebrativa, vivencial e orante, ajudando a pessoa a sistematizar ou compreender a fé revelada na Escritura. Os quatro pilares são: 1º Crer (temas sobre a Revelação – no organograma com o coração) 2º Celebrar (temas sobre Liturgia e Sacramento – no organograma com a estrela) 3º Viver (temas sobre mandamentos para o agir – no organograma com a seta) 4º Rezar (temas sobre Oração – no organograma com a cruz) Dom Sergio Arthur Braschi

Sou CATEQUISTA de IVC: Querigma - a força do anúncio

Sou CATEQUISTA de IVC: Querigma - a força do anúncio: Sempre ao comprar um livro, damos uma olhadela na ante capa e também na introdução, esperando que isso nos leve ao conteúdo do produto pre...

domingo, 25 de janeiro de 2015

DO TRATADO SOBRE O BEM DA PACIÊNCIA

DO TRATADO SOBRE O BEM DA PACIÊNCIA De São Cipriano, bisp
o e mártir. É este o preceito salvífico de nosso Senhor e Mestre: Quem perseverar até o fim, será salvo (Mt 10,22). E ainda: Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8,31-32). É preciso ter paciência e perseverar, irmãos caríssimos, para que, tendo sido introduzidos na esperança da verdade e da liberdade, possamos chegar à verdade e à liberdade. O fato de sermos cristãos exige que tenhamos fé e esperança, mas a paciência é necessária para que elas possam dar seus frutos. Nós não buscamos a glória presente, mas a futura, como também ensina o apóstolo Paulo: Ora, o objeto da esperança não é aquilo que se vê; como pode alguém esperar o que já vê? Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança (Rm 8,24-25). A esperança e a paciência são necessárias para levarmos a bom termo o que começamos a ser e para conseguirmos aquilo que, tendo-nos sido apresentado por Deus, esperamos e acreditamos. Noutro lugar, o mesmo apóstolo ensina os justos, os que praticam o bem e os que açulam para si tesouros no céu, na esperança da felicidade eterna, a serem também pacientes dizendo: Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, principalmente aos irmãos na fé. Não desanimemos de fazer o bem, pois no tempo devido haveremos de colher, sem desânimo (Gl 6,10.9). Ele recomenda a todos que não deixem de fazer por falta de paciência; que ninguém, vencido ou desanimado pelas tentações, desista no meio do caminho do mérito e da glória, e venha a perder as boas obras já feitas, por não ter levado até o fim o que começou. Finalmente, o Apóstolo, ao falar da caridade une a ela a tolerância e a paciência. A caridade, diz ele, é paciente, é benigna; não é invejosa, não se ensoberbece, não se encoleriza, não suspeita mal; tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Cor 13,4-5). Ensina-nos, portanto, que só a caridade pode permanecer, porque é capaz de tudo suportar. E noutra passagem diz: Suportai-vos uns aos outros com amor; aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef 4,2b-3). Provou deste modo que só é possível conservar a união e a paz quando os irmãos suportam mutuamente e guardam, mediante a paciência, o vínculo da concórdia.

Todas as etapas nos inícios e nos tempos litúrgicos

Todas as etapas nos inícios e nos tempos litúrgicos 1. Acolhida - Que bom que você veio / dinâmica 2. Campanha da Fraternidade 3. Natal – Jo 1,1-18 4. Epifanía – Mt 2,1-12 5. Quaresma – Lc 4,1-13 6. Semana Santa / Domingo de Ramos – Lc 22, 14-23,56. 7. Ceia do Senhor – Lc 4, 16-21 8. Paixão – Jo 18, 1-19,42. 9. Páscoa / Ressurreição – Jo 20, 1-9. 10. Ascensão – Lc 24,46-53 11. Pentecostes – Jo 20,19-23 12. Santíssima Trindade – Jo 16, 12-15. 13. Corpus Christie – Lc 9, 11-17 14. Cristo Rei – Lc 23, 35-43.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Infância de Jesus



1.       Introdução à Bíblia e uso
2.       Anúncio à Maria - Lc 1,26-38
3.       Maria visita sua prima Isabel - feliz em servir e crer
4.       José, carpinteiro, pai adotivo.
5.       Visita a Isabel - Lc 1,39-58
6.       Casamento - Mt 1,18-25
7.       Nascimento de Jesus - Lc 2,1-20
8.       Visita dos sábios - Mt 2,1-12
9.       Apresentação de Jesus no templo - Lc 2,22-28
10.    Fuga para o Egito - Mt 2,12-32
11.    Jesus e seu Pai (templo) - Lc 2,41-52
12.    O catequizando e a família - Eclo 3,1-16
13.    Família (vida cristã doméstica) - Col 3,12-25
14.    Batismo de Jesus - Jo 1,29-34 Mt 3,13-17
15.    Jesus supera as tentações - Lc 4,1-13
16.    Vocação dos primeiros discípulos - Mt 4,18-22 Mc 1,16-20
17.    O chamado de Mateus - Mt 9,10-13 Mc 2,15-17

18.    Jesus e os pescadores - Lc 5,1-11

PLANEJAMENTO NA CATEQUESE

PLANEJAMENTO NA CATEQUESE
Organizar para evangelizar melhor
INTRODUÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NA ATEQUESE
A função do planejamento é “tornar clara e precisa a ação, organizar o que fazemos sintonizar ideias, realidade e recursos para tornar mais eficiente a nossa ação” (GANDIN, 2010, p. 20).
O Diretório Nacional de Catequese, DNC, nos orienta: “Para frutificar, a catequese necessita de organização, planejamento e recursos” (DNC 236). Percebe-se por essa orientação que a catequese não prescinde de planejamento adequado e bem feito para organizar-se melhor, e assim desenvolver com sucesso a sua missão evangelizadora. É indispensável adquirir o hábito de planejar e inserir o planejamento como ferramenta de qualidade na ação catequética para que esta seja ativa e criativa. Ativa no sentido de motivar as pessoas a serem protagonistas de sua história e no seguimento de Jesus Cristo. Criativa para promover a renovação do ser humano através de um processo de desconstrução e reconstrução interior. Esse processo passa pela purificação de nossas representações de Deus, tendo em vista o projeto que dá sentido à vida, revelado por Jesus de Nazaré.

Nos encontros catequéticos utilizaremos a metodologia ativa: “Procedimento sistemático de aprendizagem atitude crítica e criativa, a partir de sua própria experiência” (CABELLO ; ESPINOZA; GÓMEZ, p. 154).
Os encontros catequéticos são o carro chefe da catequese. Através deles são comunicadas as verdades reveladas e a orientação crítica para a ação concreta. Portanto, eles devem ser muito bem planejados, na intenção de atingir os objetivos propostos pela ação evangelizadora da Igreja. Nesse sentido, este subsídio ressalta a importância do planejamento dos encontros catequéticos, enquanto ação evangelizadora e reveladora da Palavra de Deus.
É através da experiência humana, na dimensão da fé, que se descobrem e se assimilam as verdades reveladas, posto que a fé é um dom de Deus, exige resposta humana: o ato de fé. E a resposta de fé, como ato ou ação humana, pode
ser educada. Para que esse propósito seja alcançado, a catequese precisa traçar caminhos e estratégias que a transformem num espaço capaz de promover o conhecimento. Mais especificamente, o conhecimento de Jesus de Nazaré e o acolhimento da sua proposta. “É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de ‘evangelizar’, e de levar os outros ao sim da fé em Jesus Cristo” (DGC 231).
A dimensão vivencial da catequese utiliza-se da interação vida e fé como força motriz do processo catequético. Uma eficaz interação entre vida e fé é capaz de transformar a catequese em espaço de vida e crescimento na fé, além de ajudar as pessoas a se inserir na comunidade de fé, contribuir para que se tornem agentes ativos na construção de si mesmos e transformadores da realidade social, com base nos valores evangélicos.
Um planejamento adequado, além de propiciar uma melhor comunicação do conteúdo, e ajudá-lo a tornar-se mensagem, é uma ferramenta à disposição do catequista para organizar e imprimir qualidade à sua ação catequética, além de ajudar a correlacionar experiência e fé de forma lúcida. Quando bem elaborado, o planejamento constitui um instrumento imprescindível na superação de requentes
atitudes de improvisação, pois se torna trilho na luta para fugir do reducionismo.
Planejar é pensar antes qual o melhor caminho para chegar depois. “Quando não se planeja, se improvisa, prejudicando o êxito do que se quer e causando um incansável desperdício de energia e de recursos” (ORFANO, 2004, p. 21). Com base nessa afirmação, podemos entender a importância de se adotar o  planejamento para viabilizar uma efetiva comunicação da Palavra revelada.

O objetivo geral deste livro é colaborar com a busca de alternativas planejadas para realizar, de forma eficaz e organizada, a ação catequética, no sentido de ajudar no encontro pessoal e comunitário do ser humano com Jesus Cristo, através do conhecimento da Verdade que ele nos revelou, na força do Espírito. Temos também como objetivos: ajudar os catequistas na criação ou fortalecimento do hábito do planejamento na ação catequética para que ela se torne mais eficaz e evangelizadora; propor mudanças na catequese para que ela possa responder aos anseios da pessoa humana e atender aos desafios da realidade social atual; incentivar ações ativas e criativas na catequese; propor ações planejadas para diminuir a improvisação e apresentar recursos metodológicos, técnicos e pedagógicos para aju dar os catequistas a planejar, tanto na ação global quanto nos encontros catequéticos.

Seguimos o importante testemunho da comunidade de Lucas, que nos alerta para a importância do planejamento na atividade pastoral. Jesus, no evangelho de Lucas, ao definir uma das condições para ser discípulo, disse: “De fato, se alguém quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, lançará os alicerces e não será capaz de acabar” (Lc 14,28-29a).

A catequese tem seu início e fim em Jesus Cristo e está alicerçada em seus ensinamentos. Planejar a catequese é também um meio de alcançar bons resultados na construção do Reino de Deus entre nós. Por isso, em nossa prática catequética, devemos seguir a advertência de Jesus, quando ele nos inspira o planejamento na “Parábola da construção da torre” (Lc 14,28-29a), caso contrário não seremos capazes de realizar bem e concluir com sucesso a nossa ação evangelizadora.
O planejamento catequético é muito importante para uma ação catequética que almeja ser verdadeiramente evangelizadora.
O planejamento catequético tem sua especificidade no que se refere ao alvo a ser atingido: o coração do interlocutor, ou seja, a sua interioridade.
Essa interioridade é o portal para que o interlocutor da catequese possa se encantar com Jesus e assumir a atitude de discípulo missionário. Ao lidarmos com a interioridade humana, estamos lidando com a vida das pessoas. Isso faz da ação catequética uma ação de muita responsabilidade, exigindo cuidado, sensibilidade e, sobretudo, competência no “saber fazer”.

Destacamos que o planejamento catequético não é um fim em si mesmo. Ele tem a função metodológica de traçar um caminho que veicule a mensagem bíblica, a fim de propiciar o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, o objetivo maior da catequese. Esse objetivo faz do planejamento catequético um planejamento diferente de qualquer outro.
No planejamento empresarial, o objetivo maior é o lucro, portanto algo com uma lógica meramente matemática.
Já o objetivo almejado pelo planejamento catequético pertence à esfera da subjetividade humana, algo diferenciado e complexo que exige formação, habilidade e vocação.
O planejamento deve ser adotado também como caminho para uma efetiva participação dos catequizandos e catequizandas na comunidade de fé. É o pensar e agir junto. Essa participação efetiva fará com que elas e eles se sintam
parte e sujeitos ativos do processo de educação da fé que professam.

Godoy, Eliane do Carmo Ribeiro
Planejamento na catequese: organizar para evangelizar melhor /Eliane do Carmo
Ribeiro Godoy. – São Paulo: Paulus, 2014. – (Coleção Catequese) 

ORAÇÃO pelo CATEQUISTA

ORAÇÃO pelo CATEQUISTA


CATEQUISTA, deixe seu coração arder pelo caminho ao escutar a voz do Mestre que ensina e envia: “Vai anunciar que estou vivo” e o sepulcro está vazio porque a vida sempre vence. Reconheça a força do ressuscitado no partir e repartir o pão. Seu sim se torna fortaleza ao aceitar o envio: “Vai... ensina... o que Eu ensinei a vocês”. Acredite que sua convicção se torna uma potência, que o testemunho de seus atos reveste de vida as palavras de sua boca, que o projeto do Reino transforma a escuridão em claridade, a luta em vitória. Reconheça que as mãos estendidas se tornam partilha, os braços abertos são acolhida, a esperança teimosa torna possível o impossível, as relações se tornam diálogo para que “todos sejam um”. Tenha a certeza de que seus passos deixam marcas inapagáveis, sua voz faz ecoar a PALAVRA VIVA que não conhece fronteiras, sua vida se torna profecia que anuncia a verdade e denuncia a falsidade, seu agir se torna aliança e faz a comunidade que constrói o Reino da fraternidade. Amém!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO

OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO

Perdoar é uma das atitudes mais difíceis na vida de milhares de pessoas.
O fato de alguém pedir perdão a outrem equivale a dizer que reconhece seu erro e sua culpa, por isso, vai ao encontro de quem foi, efetivamente, atingido por sentimentos, palavras e atos que feriram a sua dignidade. O fato de alguém perdoar significa dizer que reconhece sinceridade no arrependimento daquele que vai ao seu encontro, com a disposição de mudar de atitude.
A Revista Veja, em sua edição de 28 de Julho passado, tem como “matéria de capa” o perdão, mais precisamente, “O poder do perdão”. Não deixa de ser, deveras, significativo o fato de estarem à ciência e a mídia tratando de um assunto que, por certo, na mente da maioria das pessoas tinha lugar apenas no mundo das religiões e na prática de seus seguidores. O enfoque desse assunto na relação interpessoal e institucional, numa visão psicológica, filosófica, sociológica e política, com sua referência à face do perdão, biblicamente revelada, representa uma contribuição muito especial para a compreensão da necessidade de superação das linhas cruzadas e da eliminação das rupturas que se estabeleceram nas relações humanas, por numerosos motivos. Na matéria, encontram-se depoimentos de pessoas, empresários e governantes que tiveram a capacidade de perdoar ou se mantiveram fechados em relação ao perdão. Segundo um professor da Universidade de Boston, o pedido de perdão contém três passos básicos para obter perdão.
Primeiro, deve-se assumir a responsabilidade pelo erro.
Segundo, é preciso repudiar claramente esse erro, mostrando que não se pretende repeti-lo.
Terceiro, deve-se exprimir o arrependimento pela dor causada ao próximo. O que é hoje descoberta da pesquisa e conquista da ciência, o Catecismo da Igreja já o proclama, há milênios, ao apresentar as exigências para que o fiel, ao recorrer ao Sacramento da Penitência, obtenha o perdão dos pecados cometidos contra Deus e contra o próximo.

Com efeito, para que esse Sacramento produza seus efeitos, exigem-se atitudes que levem o penitente à mudança de vida e à reconciliação:
Contrição (reconhecimento dos pecados);
Confissão (revelação, perante o confessor, desses pecados, “por pensamentos, palavras e obras”);
Absolvição (recepção da perdão dos pecados confessados);
Satisfação (reparação dos pecados cometidos, não os repetindo, deliberadamente).

Como penitência, o confessor impõe uma pena ao penitente, correspondente, “na medida do possível, à gravidade e à natureza dos pecados cometidos.”
No plano psico-religioso, o perdão é um ato muito benéfico, sob vários aspectos, como
confirma a voz da experiência de cada um. Um desses aspectos é a paz da consciência. O relacionamento entre pessoas, grupos e nações fica ameaçado quando determinados
sentimentos, palavras e atitudes ferem o seu direito. Quando isso acontece, criam-se
estremecimentos no relacionamento humano que, em muitos casos, rompem fortes vínculos de consanguinidade e sólidos laços de amizade. O perdão é sempre muito benéfico para as pessoas que conseguem refazer sua história, não apenas porque minimizam a razão do distanciamento que se criou na convivência familiar e no relacionamento social, mas, antes, porque dão um passo de qualidade, ao cancelá-la de seu coração e de sua mente. A psicologia e a espiritualidade identificam os benefícios do perdão na vida das pessoas. A melhor linguagem dessa experiência é testemunhada por aquelas pessoas que conseguiram perdoar-se, mutuamente.

Para muitos, o perdão é benéfico, por ser uma conquista humana; para os cristãos, além dessa dimensão, está muito clara a exigência que Jesus colocou na oração do Pai Nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.”

Escrito por Dom Genival Saraiva

A Interpretação da Bíblia

A interpretação da Bíblia

Muitos escritores não levam em conta o sentido original, o gênero literário e a intenção dos autores sagrados; interpreta-os como se fossem textos modernos, que podem ser entendidos segundo as categorias de pensamento do homem de hoje. Os autores parecem mesmo desconfiar da exegese dita "científica".

Eis, porém, que é regra de sadia exegese procurar, antes do mais, o significado preciso do texto original; é necessário entender o texto como o autor sagrado o entendia e daí depreender a mensagem que ele queria transmitir. A inspiração do texto bíblico por parte do Espírito Santo não equivale a ditado mecânico; supõe sempre as categorias de pensamento do escritor oriental, antigo. Estas, portanto, têm que ser, primeiramente, detectadas e reconhecidas para que se possa compreender genuinamente a página bíblica. Este procedimento exegético tem sido enfaticamente recomendado pela Igreja desde Pio XII (encíclica Divino Afflante Spiritu, 1943) até o Concílio do Vaticano li, que em sua Constituição Dei Verbum ditou as normas seguintes:

“Já que Deus falou na Sagrada Escritura através de homens e de modo humano, deve o intérprete da Sagrada Escritura, para bem entender o que Deus nos quis transmitir, investigar atentamente o que os hagiógrafos de fato quiseram dar a entender e aprouve a Deus manifestar por suas palavras.

Para descobrir a intenção dos hagiógrafos, devem-se levar em conta, entre outras coisas, também os gêneros literários Pois a verdade é apresentada e expressa de maneiras diferentes nos textos históricos, proféticos ou poéticos ou nos demais gêneros de expressão. Ora é preciso que o Intérprete pesquise o sentido que, em determinadas circunstâncias, o hagiógrafo, conforme a situação de seu tempo e de sua cultura quis exprimir e exprimiu por meio dos gêneros literários então em uso. Pois, para entender devidamente aquilo que o autor sagrado quis afirmar por escrito é necessário levarem conta sejam aquelas usuais maneiras nativas de sentir, de dizer e de narrar que eram vigentes nos tempos do hagiógrafo, sejam as que em tal época se costumavam empregar nas relações dos homens entre si".


Verdade é que muitos dos exegetas científicos desde o fim do século XVIII têm cedido ao racionalismo, a ponto de esvaziarem por completo o texto bíblico. É o que vem provocando a réplica do chamado "Fundamentalismo" que se apega à letra do texto como ele soa em suas versões vernáculas e se fecha aos estudos de linguística, arqueologia, história antiga... Ora o Fundamentalismo é posição extremada, errônea, como o racionalismo, pois ignora o mistério da condescendência divina, que assume as modalidades da linguagem e da cultura dos homens antigos para falar à humanidade. Assim se lê num documento da Pontifícia Comissão Bíblica intitulado "A Interpretação da Bíblia na Igreja" e datado de 15/4/1993:
"O problema de base da leitura fundamentalista é que, recusando levar em consideração o caráter histórico da revelação bíblica, ela se toma incapaz de aceitar plenamente a verdade da própria Encarnação. O Fundamentalismo foge da estreita relação do divino e do humano no relacionamento com Deus Ele se recusa a admitir que a Palavra de Deus inspirada foi expressa em linguagem humana e que ela foi redigida, sob a inspiração divina, por autores humanos cujas capacidades e recursos eram limitados. Por esta razão, ele tende a tratar o texto bíblico como se ele tivesse sido ditado, palavra por palavra, pelo Espírito e não chega a reconhecer que apalavra de Deus foi formulada numa linguagem e numa fraseologia condicionadas por uma ou outra época. Ele não dá atenção ás formas literárias e às maneiras humanas de pensar presentes nos textos bíblicos, muitos dos quais são fruto de uma elaboração que se estendeu por longos períodos de tempo e leva a marca de situações históricas muito diversas.

O Fundamentalismo insiste também de maneira indevida sobre a inerrância dos pormenores nos textos bíblicos, especialmente em matéria de história ou de pretensas verdades científicas. Muitas vezes ele toma histórico aquilo que não tinha a pretensão de historicidade, pois ele considera como histórico tudo aquilo que é narrado ou contado com os verbos em tempo pretérito, sem a necessária atenção à possibilidade de um sentido simbólico ou figurativo. Por conseguinte, nem racionalismo nem fundamentalismo...

MAS É NECESSÁRIO QUE O EXEGETA PROCEDA SEMPRE EM DUAS ETAPAS:

1º - procure, mediante os recursos da linguística, da arqueologia, da história antiga... Definir claramente o sentido do texto original ou aquilo que o autor humano queria dizer;

2º - a seguir, coloque esses resultados no conjunto das proposições da fé. A Sagrada Escritura é um longo discurso de Deus, homogêneo, que tem suas linhas centrais e seus acordes, que devem projetar luz sobre cada secção desse discurso. É o que São Paulo chamava "a analogia da fé ou a proporção da fé" (Rm 12,6). Esta fé é vivida e proclamada pela Igreja, cujo magistério recebeu de Cristo a garantia da autenticidade (cf. Jo 14, 26; 16,13-15). Assim o estudioso católico chega ao entendimento exato do texto sagrado. Não incute suas ideias ao texto (o que seria fazer in-egese), mas deduz do texto a mensagem objetiva (faz ex-egese). Quem assim não procede, corre o risco do subjetivismo ou de interpretações pessoais, semelhantes às que ocorrem no protestantismo.

As Revelações Particulares

Nenhuma revelação particular é endossada oficialmente pela Igreja. Esta não pode colocar no mesmo plano a revelação feita por Jesus Cristo e pelos autores bíblicos e qualquer revelação ocorrida em caráter particular após a era dos Apóstolos. A revelação oficial e pública termina com a geração dos Apóstolos; cf. Lumen Gentium n°- 25; Dei Verbum nº 4. Em consequência torna-se difícil crer que Deus queira continuar e explicitar a revelação outrora feita pelas Escrituras servindo-se de revelações não oficiais ou fazendo destas o complemento daquelas.


As revelações particulares, quando genuínas, geralmente corroboram o Evangelho, incutindo duas notas importantes: oração e penitência. Assim em La Salette, em Lourdes, em Fátima... Qualquer outra predição, principalmente se é muito minuciosa, torna-se suspeita. É não raro a satisfação que os "videntes" dão à sua própria curiosidade de saber o decurso do futuro; imaginam-no como se fosse revelado por Deus. Independentemente dessas minúcias, ficará sempre válida a exortação à conversão e à oração, tão recomendada pelo Evangelho e corroborada pelos sinais dos tempos atuais; estes pedem que os cristãos muito especialmente sejam o sal da terra, a luz do mundo (cf. Mt 5,13s), o fermento na massa (cf. Mt 13,33). A consideração dos nossos tempos, portanto, deve levar ao afervoramento da vida dos cristãos, abstração feita de predições sinistras.

Autor: Dom Estêvão Bettencourt, OSB

Papa Francisco diz que apenas a Igreja é capaz de interpretar escrituras

Papa Francisco diz que apenas a Igreja é capaz de interpretar escrituras

Declaração foi dada no seu 1° discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano.
Para o Papa, 'há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição'.

O Papa Francisco expressou nesta sexta-feira (12) seu compromisso com o pleno respeito à tradição da Igreja, a única habilitada a interpretar corretamente as escrituras, e rejeitou "a interpretação subjetiva", em seu primeiro discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano.
Nesta intervenção a "especialistas" - e não apenas para fiéis, como a maioria de seus discursos do último mês - o Papa jesuíta fez uma longa referência a um texto do Concílio Vaticano II ( 1962-1965), a Constituição 'Dei Verbum' ('A Palavra de Deus'), sobre o papel da Igreja.
Até o momento, ao contrário de Bento XVI, o novo Papa pouco tinha mencionado o Concílio, ao qual ele é o primeiro pontífice das últimas décadas a não ter participado. Uma omissão surpreendente.
"O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus".

Para o Papa, "há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição", que são "conjuntas e se comunicam entre elas", "formando, de certa maneira, uma única coisa", declarou.
"A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus plenamente (....) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito", disse em um discurso que revela um Papa muito respeitoso da autoridade da Igreja.
Como resultado, "a interpretação das escrituras não pode ser apenas um esforço intelectual individual, mas deve ser sempre confrontado, inserido e autenticado pela tradição viva da Igreja", argumentou.
Esta declaração, na linha de Bento XVI, não deve agradar os protestantes ou católicos contestatórios, como o suíço Hans Küng, que reivindicam o direito de interpretar livremente as escrituras.
Para ser claro, o Papa denunciou "a insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus".