quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Querigma – Querigma e Catequese

O Querigma – Querigma e Catequese
·         O Querigma: Primeiro anúncio de Jesus
·         A Catequese: Ensino progressivo da fé
São 2 passos consecutivos, onde o querigma sempre deve anteceder à catequeseSe o querigma é a forte badalada do sino, a catequese é o eco da badalada. A catequese prolonga o anúncio querigmático. Não é fria doutrina ou meros ensinamentos teóricos, mas a extensão e a plenitude da nova vida trazida por Jesus. A vida nos é dada pela fé com que respondemos ao anúncio querigmático, mas a vida em abundância chega à sua plenitude, através da catequese vivida na fé.

O Querigma  – Os 3 Personagens da Evangelização

Na evangelização há 3 personagens: O Evangelizador, o Evangelizando e o Espírito Santo. Cada um com seu papel bem claro e definido, que não deve ser suplantado pelo outro.
1) O Evangelizando: Escuta e Responde a Deus
·Seu papel é escutar a Palavra anunciada pelo evangelizador
·Ele, e somente ele, dá uma resposta à Palavra proclamada, com uma atitude tanto interior, quanto exterior
·Ele se confessa pecador e pede perdão de seus pecados
· Proclama Jesus como Senhor de sua vida
·Pede a Jesus Messias o Espírito Santo e o recebe
Não lhe compete:
·Discutir com o evangelizador. Porém, é legítimo que faça perguntas e tire dúvidas
·Dar, mas apenas receber
·Justificar-se: “eu não faço nada de mal”, nem condenar-se: “eu não tenho perdão”
2) O Espírito Santo: Convence e Converte
·         A proclamação e o testemunho do evangelizador são instrumentos necessários, mas apenas instrumentos, já que o agente principal da evangelização é o Espírito Santo. Ele atua tanto no evangelizador quanto no evangelizando.
Atuação do Espírito Santo no evangelizador:
·         Dá-lhe zelo pelo Evangelho
·         Unge-o e usa-o como canal de sua obra
·         Enche-o de poder e amor
Atuação do Espírito Santo no evangelizando:
·         Usando as palavras e atitudes do evangelizador como veículo de sua obra salvífica, o Espírito Santo é quem realiza com eficácia a obra da evangelização, infundindo a fé, para convencê-lo de que é pecador necessitado de salvação e, em consequencia, que proclame Jesus como Salvador e Senhor.
3) O Evangelizador: Proclama e Testemunha
·         Proclama Jesus, uma Pessoa Viva e seus atos de Salvação
·         Anuncia jubilosamente a Boa Nova: Já fomos salvos
·         Apresenta Jesus Salvador como a única solução para cada homem, para a sociedade e para o mundo inteiro
·         É testemunha e dá testemunho: Com sua própria vida e em todo tempo e lugar, é testemunha de que graças a Jesus é possível viver de uma maneira nova neste mundo, e que sua morte e ressurreição são eficazes nos dias atuais. E testifica com palavras o que Deus realizou nele
Não lhe compete:
·         Ensinar teorias ou apresentar doutrinas.
·         Defender Deus. O advogado é o Espírito Santo.
·         Tentar convencer o evangelizando com argumentos, citações bíblicas, sugestão ou qualquer tipo de manipulação dos sentimentos.
·         Converter e transformar as pessoas, pois quem converte e transforma é o Espírito Santo.
·         Ver o fruto terminado da obra de evangelização
Há 4 condições necessárias para se poder ser um evangelizador e, posteriormente, um formador de evangelizadores:
·         Ter experiência de salvação
·         Ter zelo pelo evangelho
·         Análise da realidade
·         Viver o Evangelho
Analisemos estas condições:

O testemunho deve ter 3 características: ABC (Alegre, Breve e Centrado em Cristo)
Alegre:
Um testemunho deve estar envolto numa atmosfera de alegria, acompanhado de um sorriso, do entusiasmo das palavras e da convicção dos olhos. A alegria é o primeiro sinal de quem encontrou o tesouro escondido. Não se trata de uma alegria porque não existem problemas, mas sim porque a alegria do Senhor é nossa fortaleza.
Breve:
Um bom testemunho deve ser centrado no fundamental da obra salvífica de Deus, sem entrar em detalhes acidentais ou complicados. Os relatos longos são cansativos porque se perde o enfoque fundamental. Não se deve exagerar as coisas, nem o nosso pecado, nem a obra salvífica de Deus.
Centrado em Cristo:
Um testemunho não está centrado em quem o dá, para que os outros o admirem, mas sim centrado em Cristo mesmo, e em sua obra salvífica.
Há quem pense que os testemunhos que mais impressionam são aqueles em que Deus realizou coisas maravilhosas e mudanças radicais, acompanhados por milagres e sinais extraordinários. Não é sempre assim. Cada testemunho toca às pessoas que estão seguindo um caminho semelhante. Há muitas pessoas que se parecem com cada um de nós e não necessitam de grandes coisas. Nosso testemunho para eles será uma grande libertação.
O testemunho deve terminar sempre com uma explícita exortação: “Se fez em mim, pode fazer em ti. O Senhor quer fazer também em tua vida”.

José H. Prado Flores
Livro: Como Evangelizar os Batizados (Ed. Loyola)



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015