quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O Primeiro Escrutínio e a Entrega do Símbolo

O Primeiro Escrutínio e a Entrega do Símbolo O Primeiro Escrutínio O Terceiro Domingo da Quaresma dentro das etapas do Catecumenato é o domingo do Primeiro Escrutínio. Os escrutínios têm uma finalidade espiritual, purificando os corações dos catecúmenos e fortalecendo-os nas tentações e orientando-os em seu propósito de unir-se a Cristo. Nas comunidades em que se celebram os Escrutínios, tomam-se sempre as orações e leituras do ano A, que apresentam-nos a passagem da Samaritana. Após a homilia, os catecúmenos com seus padrinhos aproximam-se do celebrante, que convida a assembleia a rezar alguns instantes em silêncio pelos catecúmenos. Em seguida, convida os catecúmenos a ajoelharem-se ou inclinarem-se para a oração, enquanto os padrinhos colocam a mão direita sobre o ombro de seus afilhados. Segue-se a oração pelos catecúmenos, proferida por um leitor. Terminada esta, o celebrante recita a oração de exorcismo dos catecúmenos e, se possível, impõe as mãos sobre cada um dos catecúmenos. Segue-se uma segunda oração. O rito encerra-se com a despedida dos catecúmenos, que devem deixar a igreja, tal como no rito da inscrição do nome. A celebração da Missa, após a saída d
os catecúmenos, prossegue com a oração dos fieis, seguida da profissão de fé e do Ofertório, a partir do qual faz-se tudo como de costume. A Entrega do Símbolo Durante a Terceira Semana da Quaresma realiza-se a Entrega do Símbolo, isto é, da Profissão de Fé da Igreja. As leituras podem ser as do dia ou as propostas no Ritual da Iniciação Cristã, p. 49-54. Após a homilia, os catecúmenos aproximam-se do celebrante, que convida-os a acolherem a Profissão de Fé da Igreja com pureza de coração. Em seguida, inicia o Creio, o qual é continuado pelos fieis, exceto pelos catecúmenos, que devem apenas ouvi-lo. Pode-se recitar tanto o Símbolo Apostólico quanto o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. Em seguida, os catecúmenos ajoelham-se e o celebrante recita a oração sobre os catecúmenos. Segue-se a despedida dos catecúmenos e a Missa prossegue a partir da Liturgia Eucarística. FONTE: Ritual da Iniciação Cristã de Adultos.

Encontro de Catequese com Leitura Orante

O Encontro com Leitura Orante da Palavra de Deus ACOLHER OBS: (com o ambiente preparado, segue os passos) Mesa da Partilha - O catequista acolhe cada catequizando na entrada. VER (olhar a vida do catequizando) Questiona-se como foi o compromisso da semana levado para casa. Partilha de como foi a vida durante a semana. ILUMINAR (iluminar a realidade com a Palavra de Deus) Apresenta-se o tema do encontro e faz uma breve abordagem. PREPARAÇÃO - Distribuição de tarefas da leitura orante. Quem vai fazer a leitura. Quem vai acender a vela. Quem vai passar a água benta que lembra o batismo. Quem vai passar a Bíblia para que seja beijada. Mesa da Palavra - Depois que as tarefas forem distribuídas. Alguém passa com a água benta e cada um molha os dedos e faz o sinal da cruz. Alguém acende a vela enquanto todos cantam um canto para a leitura da Bíblia. Dois catequizandos fazem a leitura e em seguida o catequista repete, proclamando como na celebração. Após a leitura do Evangelho o catequizando escolhido passa a Bíblia para que todos possam beijá-la. Em seguida faz-se em conjunto a reconstrução do texto. A partilha destacando frases no texto, personagens, fatos, etc. AGIR (é hora de tomar decisões à luz da Palavra de Deus) Mesa da Partilha - Todos procuram identificar
na própria Bíblia o texto para iniciar a atividade planejada pelo catequista. Depois do texto encontrado, marcado e passado os olhos novamente, reforça a reconstrução do texto, provocando resposta de cada um. Apresenta-se o Símbolo que o texto propõe e faz-se uma socialização. ATIVIDADE - Propõe-se uma atividade conforme planejado... Ao avisar que vai finalizar o encontro, fazer uma revisão do que foi visto. COMPROMISSO – Propõe um compromisso para o próximo encontro. Mesa da Palavra – ORAÇÃO FINAL CELEBRAR (encontrar-se com Deus na oração e louvor) Retornam-se para a Mesa da Palavra onde finalizarão o encontro com a oração do tema do dia, o Pai Nosso e o Sinal da Cruz. Avisa-se do próximo encontro e se despedem dando o abraço da paz.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PEQUENO LÉXICO DA INICIAÇÃO CRISTÃ

PEQUENO LÉXICO DA INICIAÇÃO CRISTÃ Admissão – Rito pelo qual os “simpatizantes”, reunidos publicamente pela primeira vez, manifestam suas intenções à Igreja e esta acolhe os que pretendem tornarem-se seus membros (cf. RICA 14-17). Este rito é celebrado quando, tendo acolhido o primeiro anúncio do Deus vivo, os candidatos já têm uma fé inicial em Cristo. Pressupõem-se, portanto, a primeira evangelização, o início da conversão e o sentido da Igreja (cf. RICA 68). Catecumenato – Tempo prolongado que se segue imediatamente ao pré-catecumenato. É o “segundo tempo” da Iniciação Cristã. Ao longo deste Tempo, os candidatos recebem uma adequada formação e, no exercício de uma oportuna disciplina, amadurecem as disposições de espírito manifestadas no dia da sua admissão (cf. RICA 19). Em sentido lato, na verdade impróprio, designa todo o processo de iniciação que achamos por bem chamar só de processo. Catecúmeno – Pessoa que, no contexto do catecumenato (“segundo Tempo”), é colocada em contato com o conjunto da mensagem cristã (em forma de doutrina na catequese), que lhe é comunicada de forma essencial, completa e sistemática, progride na prática da vida de fé e participa de um conjunto de celebrações. Catequista – Membro da comunidade eclesial que tem o dom, a vocação e a preparação adequada para apresentar e aprofundar com os catecúmenos o conjunto da mensagem cristã em nome da Igreja (em forma de doutrina na catequese). Celebrações de passagem – Celebrações que marcam a passagem de um Tempo a outro do processo de Iniciação. O RICA chama as passagens de um Tempo a outro de “graus”, “portas”, “passos” ou “ETAPAS” (cf. RICA 6). Há, portanto, “três etapas, passos ou portas que devem ser considerados que devem ser considerados momentos fortes ou mais
densos da iniciação. Essas etapas são marcadas por três ritos litúrgicos: a primeira, pelo rito de instituição dos catecúmenos [admissão]; a segunda, pela eleição; e a terceira, pela celebração dos sacramentos” (RICA 6). Competentes – A partir do dia da sua “eleição”, os catecúmenos são chamados “eleitos”, “competentes” ou “iluminandos”. Denominam-se “competentes” porque todos juntos “se esforçam para receber os sacramentos de Cristo e o dom do Espírito Santo” (RICA 24). Conversão - Atitude permanente de quem se dispõe a seguir Cristo; mudança na visão da vida e do mundo e por isso mudança de hábitos. Devolução – Em latim, “redditio”, que quer dizer devolução. É a contrapartida da “entrega”, em latim “traditio”. Tendo recebido o Credo e o Pai-nosso, o catecúmeno “devolve” o dom que recebeu, em termos de fé, vida cristã, testemunho, missão. Ver “Entregas”. “Éfeta” – Toque nos ouvidos e na boca dos catecúmenos, que inculca a necessidade da graça “para se ouvir e professar a palavra de Deus a fim de alcançar a salvação” (RICA 200). Eleição – Rito pelo qual a Igreja elege (escolhe, seleciona, define) e admite os catecúmenos que se acham em con¬dições de participar dos sacramentos da iniciação cristã nas próximas celebrações pascais (cf. RICA 22). Realizado no início da Quaresma, é o momento central do Catecumenato (sgundo Tempo), pelo qual, após o discernimento (escrutínios), aqueles que realmente querem receber os sacramentos, se julgados preparados, são escolhidos (eleitos) para celebrarem os sacramentos. "Denomina-se eleição porque a Igreja admite o catecúmeno baseada na eleição de Deus, em cujo nome ela age" (RICA 22). Eleitos – Catecúmenos que foram considerados aptos e admitidos “à recepção dos sacramentos da iniciação cristã. Ver “eleição”, “competentes”, “iluminandos”. Entrega – Entrega (em latim, “traditio”, que quer dizer “transmissão”) aos catecúmenos dos documentos que contêm sinteticamente o conteúdo da fé professada pela Igreja (Símbolo ou Credo) da oração que os primeiros discípulos aprenderam do Senhor (Oração do Senhor ou Pai-nosso). Entrega da Bíblia – Não é prevista pelo RICA, mas pode ser feita, no interior de uma celebração, antes de se iniciar ou durante o estudo dos temas próprios do catecumenato. Entrega do Creio – Entrega (traditio, em latim) aos catecúmenos, durante o tempo do catecumenato, do Símbolo da Fé (Credo). A Igreja confia aos catecúmenos “os documentos considerados desde a antiguidade como o compêndio de sua fé e oração”. Os eleitos devem “aprendê-lo de memória e o recitarão em público antes de professarem, no dia do Batismo, a fé que ele expressa” (RICA [183]). Entrega do Pai-nosso – Entrega (traditio, em latim) aos catecúmenos, durante o tempo do catecumenato, da Oração do Senhor (Pai-nosso). “Desde a antiguidade é a oração característica dos que recebem no Batismo o espírito de adoção de filhos e será dito pelos neófitos, com os outros batizados, na primeira Eucaristia de que participarem” (RICA [188]). Escrutínios – Ritos de discernimento do pro¬gresso do catecúmeno em relação à compreensão e assimilação da mensagem, à conversão e à vida cristã, à participação na comunidade, nas celebrações litúrgicas e na missão, e à vida de oração. Têm basicamente duas funções: ajudar os eleitos a se conscientizarem das “sombras” que têm no coração (faltas, insuficiências, defeitos) para as eliminar; ajudá-los a se conscientarem também de suas “luzes” (qualidades, dons, virtudes) para reforçá-las. Os escrutínos têm a finalidade de livrar os catecúmenos do pecado e do espírito do mal, e, positivamente, de infundir neles um vigor novo em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. RICA 25). Etapas – "Passos pelos quais o catecúmeno, ao caminhar, como que atravessa uma porta ou sobe um degrau" (RICA 6). As “etapas” são marcadas por ritos solenes que marcam a passagem de um “Tempo” a outro. As grandes celebrações de passagem ou “etapas” são três: o Rito de Admissão ou Entrada no Catecumenato, o Rito da Eleição e a Celebração dos Sacramentos da Iniciação. Exorcismos - Rito pelo qual os eleitos são, por um lado, libertados das consequências do pecado e da influência diabólica, e, pelo outro, são “fortalecidos em seu caminho espiritual e abrem o coração para receber os dons do Salvador” (RICA 156). Iluminação – (a) Um dos nomes do batismo na Igreja antiga. (b) Terceiro tempo do itinerário catecumenal, chamado de “purificação e iluminação”, que coincide com a Quaresma e é "destinado à mais intensa pre-paração espiritual" (RICA 7; cf. IBIDEM, 21-22) (c) Tempo de preparação próxima para receber os sacramentos da iniciação. Ver “Purificação”. Iluminandos – Outro termo para dizer “eleitos” ou “competentes”. O termo “iluminandos” tem a ver com “iluminação”, que é um dos nomes do sacramento do Batismo. De fato, por meio do Batismo, os neófitos são penetrados pela luz da fé. O RICA afirma que se podem usar também outros nomes, mais facilmente compreensíveis, de acordo com os diversos contextos culturais (Cf. RICA 24). Iniciação cristã – A Iniciação Cristã estritamente dita é “a primeira participação sacramental à morte e ressurreição de Cristo” (RICA 8), pela qual o catecúmeno é iniciado como cristão, isto é, incorporado a Cristo e à Igreja e se torna participante de sua vida e missão. Em sentido amplo, porém, é todo o processo que, começando com o pré-catecumenato, e passando pelo catecumenato, pela iluminação e purificação, culmina com a celebração conjunta do Batismo, da Crisma e da Eucaristia, e se conclui com a mistagogia. Inscrição dos nomes – Outro nome da eleição, apesar de, na verdade, ser apenas um momento do Rito da Eleição. “Chama-se [o rito da eleição] também “inscrição dos nomes” porque os candidatos, em penhor de sua fidelidade, inscrevem seus nomes no registro dos eleitos” (RICA 22). Instituição dos catecúmenos – Outro nome dado ao Rito de Admissão ou Entrada no Catecumenato, pelo qual os que passaram pelo pré-catecumenato são aceitos e entram no grupo dos catecúmenos (RICA 14). Ver “Admissão”, “Rito de Admissão”. Introdutor – Pessoa da comunidade eclesial que acompanha pessoalmente, do início ao fim do processo, o candidato aos sacramentos da iniciação. Diz o RICA: “O candidato que solicita sua admissão entre os catecúmenos é acompanhado por um introdutor, homem ou mulher, que o conhece, ajuda e é testemunha de seus costumes”. Não é necessariamente o padrinho: “Pode acontecer que esse introdutor não exerça as funções de padrinho nos tempos da purificação, da iluminação e da mistagogia; nesse caso, será substituído por outro” (RICA 42). Mistagogia – (a) Introdução (condução) ao mistério. (b) Último tempo da iniciação, que coincide com o Tempo Pascal. (c) “Aquisição de experiências e de resultados positivos, assim como ao aprofundamento das relações com a comunidade dos fiéis” (RICA 7). (d) A mistagogia visa ao aprofundamento do mistério pascal mediante a meditação do Evangelho, a participação na Eucaristia e a prática da caridade, de modo que o mistério se torne prática concreta de vida (cf. RICA 37-40). Neófitos – Aqueles que foram iniciados no mistério pascal através dos Sacramentos da iniciação (cf. RICA, 37-40). Em sentido lato, na Igreja primitiva, indivíduo recentemente convertido ao cristianismo. Literalmente, “planta nova”, “plantado há pouco”. Padrinho e madrinha – Homem ou mulher escolhido pelo catecúmeno e delegado pela comunidade local com a aprovação do sacerdote, “acompanha o candidato no dia da eleição, na celebração dos sacramentos e no tempo da mistagogia.” Seu dever é “ensinar familiarmente ao catecúmeno como praticar o Evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe testemunho cristão e velar pelo progresso de sua vida batismal” (RICA 43; cf. IBIDEM, Observações preliminares 8-10). Pré-catecumenato – Primeiro Tempo do processo de Iniciação. Intervalo indeterminado de tempo para o acolhimento do ‘simpatizante’ na comunidade cristã, o primeiro anúncio ou evangelização e uma primeira adesão à fé (RICA 7; 9-13). Processo de IVC íntegra - é muito maior, mais profundo, mas largo, mais intenso do que a Catequese. Essa é parte integrante e indispensável do processo, mas não única apesar de ser o carro chefe ou ponta de lança. Ela é parceira estar ao lado de outros elementos: serviços permanentes do mistério da fé. Não existe IVC sem catequese, essa está a serviço da IVC. Purificação - Terceiro Tempo do catecumenato, que normalmente coincide com a Quaresma. Tempo consagrado a preparar os catecúmenos celebração do mistério pascal, no qual serão inseridos por meio dos Sacramentos da iniciação (Cf. RICA 21). Neste, destinado a uma mais intensa preparação do coração e do espírito, a Igreja faz a escolha, a eleição dos catecúmenos que foram considerados idôneos a receber os sacramentos (Cf. RICA 22). Ver “Iluminação”. Renúncia - Renegar o pecado, o demônio, suas obras e seduções. Está colocada antes do ato batismal. RICA – Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, publicado, por autoridade do Papa Paulo VI, pela Sagrada Congregação do Culto Divino, em 1972. O título latino é Ordo initiationis christianae adultorum (OICA). Rito - Conjunto de gestos, palavras, sinais e símbolos estruturados e realizados no modo estabelecido (“rite”, em latim) que, comunicam determinado sentido, visa à consecução de um determinado bem. Rito de admissão ao catecumenato – Ver “Admissão”. Rito da eleição – Ver “Eleição”. Rito do “Éfeta” – Ver “Éfeta”. Sacramentos da iniciação – Batismo, crisma e eucaristia. Simpatizante – Pessoa que exprime o desejo de se aproximar de Cristo, da Igreja, da vida cristã, e que, em função disso, é candidata ao processo de iniciação. (cf. RICA 12-13) Tempo – Cada um dos quatro períodos do processo de iniciação: pré-catecumenato, catecumenato, purificação e iluminação, mistagogia (Cf. RICA 7). Distingue-se da “etapa”, que é o nome dado ao rito que marca a passagem de um “tempo” a outro. Ver “Etapas”.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

PASTORAL CRIATIVA

Catequese na Net: PASTORAL CRIATIVA: CRIATIVIDADE, QUEM TEM, TEM! QUEM NÃO TEM, PODE CONSEGUIR! Muitas pessoas me
perguntam como sou tão criativo em minhas soluções ...

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Novos métodos Catequéticos

O catequista deve repensar e readaptar, cada vez mais, os instrumentos de comunicação e Evangelização. O catequista é como uma janela aberta ao exterior; por ela se mostra, sai ao encontro dos outros, e, de modo inverso, permite que os outros entrem de alguma maneira em sua interioridade. Essa janela aberta é a faculdade de comunicação, uma faculdade quase ilimitada, que exerceremos de diversas formas: palavra falada ou escrita, gestos, imagens, sons, movimentos, etc. O que dizemos e fazemos, também o que calamos ou omitimos, são formas de nos manifestarmos aos outros. A essas formas chamamos linguagem, entendida por sua função simbólica. A linguagem é, pois, o meio que permite exercer a faculdade de comunicar e, por isso, a forma mais manifesta de comunicação. A missão do catequista é fazer ecoar a Palavra de Deus. Ele é, sobretudo, um comunicador, por isso “é necessário que a catequese estimule novas expressões do Evangelho na cultura na qual este foi implantado.” (DGC 208). Jesus é um dos maiores exemplos de comunicadores, Seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos Evangelhos. Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isso exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus sem sombra de dúvida dominava ambos os talentos. As parábolas cheias de vida tiradas da natureza ou da essência humana são bem conhecidas e constituíram a principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os ouvintes a pensar e descobrir diversos níveis de significados e aplicações. A exemplo de Jesus e seus interlocutores, “o catequista comunicador deve saber modular símbolos, parábolas, narrativas, testemunhos que falam de uma fé livre e responsável. Ao comunicador da fé é requerido saber usar todos os registros da comunicação: a linguagem verbal e a não verbal, as imagens e os sons, obtendo na mídia ilustrações e evocações, propondo novas metáforas da fé, suscitando interesses e emoções, animando experiências de fé no grupo de catequese”. A evangelização constitui a missão fundamental da Igreja em todo tempo e cultura e o ensino da fé representa a obra educativa da comunidade que conduz os batizados à maturidade da fé. Com o Concílio Vaticano II, a catequese tem alcançado uma fecunda renovação. Hoje, os meios de comunicação oferecem ao catequista novos recursos e novos percursos para a educação da fé. Existem diversos materiais audiovisuais: as produções musicais, cinematográficas e televisivas; a multiplicidades de sites religiosos que constituem novos e preciosos recursos para os catequistas. Segundo o Diretório Nacional de Catequese, é essencial habilitar os catequistas para a comunicação da mensagem do Evangelho, por meio da mídia, principalmente os mais jovens e nascidos nesta cultura midiática, cuja linguagem mais facilmente entendem. Recordam-se três orientações: CAPACITAR, APROXIMAR E INCLUIR.Capacitar nos diversos níveis os catequistas como comunicadores: que sejam pessoas conhecedoras dos processos da comunicação humana e estejam habilitados a integrar recursos como músicas, vídeos, teatro e outras linguagens para expressar a fé. Aproximar a catequese dos meios massivos de comunicação, para o desenvolvimento de projetos de catequese a distância, com adequado uso de recursos e metodologias apropriadas e incluir, nos programas de catequese, a análise de mensagens produzidas pelos grandes meios, promovendo a leitura desses dados à luz da mensagem evangélica. A catequese comunica a experiência da vida, um compromisso de fé. Ela é mais do que transmitir verdades: comunica uma mensagem de vida, de fé, de compromisso com Deus, consigo mesmo, com o irmão e com a comunidade. Ao comunicar essa mensagem, utiliza-se dos diversos meios de comunicação disponíveis. As técnicas de grupo e seus recursos de comunicação aproximam as pessoas, ajudam a compartilhar a vida, as experiências, isso se dá pela intercomunicação pessoal e através da comunicação grupal como exercício de vida comunitária e partilhada. O catequista tem, assim, “de repensar e de readaptar, cada vez mais, os instrumentos de comunicação mais adequados para que a mensagem possa chegar ao destinatário, a fim de promover uma profissão de fé viva, explícita e atuante”. O educador da fé necessita avançar para o uso de meios de comunicação de massa e dos equipamentos modernos de comunicação
. As novas gerações nascem dentro da tecnologia. É dever dos catequistas avançar na capacitação dos instrumentos da comunicação, como o uso do microfone, da internet, de multimídia, do computador e de todos os equipamentos que ajudam a comunicar na catequese. Algumas tecnologias que podem estimular o desenvolvimento da catequese são CD e DVD, que oferecem grandes possibilidades num único instrumento multimídia: vídeos, textos, canções, jogos e animações, bem como o Powerpoint, que também contribui como instrumento de visualização de conteúdos aos quais se podem acrescentar imagens, textos, sons e vídeos, fazendo com que os destinatários aprendam de forma interativa e mais divertida. Quantas vezes realizamos nossas atividades na catequese e ao falar sobre um determinado conteúdo depois verificamos que não houve uma verdadeira comunicação? Se quisermos tocar os corações dos nossos catequizandos, seremos mais eficazes na transmissão da mensagem divina usando múltiplas linguagens originais e interativas. O uso da internet e das novas tecnologias na catequese são formas de expressão à disposição do catequeta. É, pois, cada vez mais urgente e necessário que os catequistas se sintam sensibilizados e estimulados para se beneficiarem dos aspectos positivos que a internet comporta. Ser catequista hoje significa saber tudo isso. Mas, não só, é preciso ser capaz de usar os instrumentos e as novas tecnologias oferecendo um verdadeiro espaço de comunhão e de comunicação interpessoal, com grandes vantagens: informação, acessibilidade à realidade, antes demasiado distante, instantaneamente, novas possibilidades. Trata-se de uma linguagem com grandes potencialidades comunicativas e criativas. Toda a formação deve estar finalizada na arte da comunicação da fé, pois, na ação catequética, catequistas e catequizandos são sujeitos da comunicação. Flávio Veloso Coordenador Equipe Arquidiocesana para a Animação Bíblico-Catequética de Ribeirão Preto-SP Formação em filosofia – Cearp – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto-SP Estudando de pedagogia – Uniseb-COC Encarregado da Livraria Paulus de Ribeirão Preto-SP

Planejamento e programação para Catequese de 1ª Co...

Catequese e Bíblia: Planejamento e programação para Catequese de 1ª Co...: Queridas (os) catequistas apresento-lhes uma sugestão para a formação de nossas crianças no Sacramento da Eucaristia, seguindo o método da...

10 DICAS PEDAGÓGICAS

10 DICAS PEDAGÓGICAS - Adaptado Flávio 10 dicas para dominar as modernas práticas pedagógicas. Muitos catequistas têm dificuldade de passar o discurso pedagógico do papel para a prática. Não é para menos. Por isso, adaptei esta reportagem da revista Nova Escola, repleta de dicas preciosas para catequistas, educadores da fé. Além das novas práticas - contextualização, avaliação, etc., você vai encontrar sugestões para obter maior rendimento dos Catequizandos. Boa leitura! E bom planejamento neste ano. 1. Plano de trabalho: conhecer a turma para saber o que e como fazer Uma turma é sempre diferente da outra. Você sabe disso. E sabe também que, ao iniciar o trabalho com um novo grupo, é fundamental conhecê-lo bem. Só assim podem-se definir com clareza as melhores estratégias e os métodos e materiais a serem usados. É disso que trata o plano de trabalho. Baseado na proposta pedagógica, ele deve também ser norteado pelo planejamento específico de cada etapa ou ciclo que varia de uma catequese para outra. "O plano de trabalho trata das especificidades e demandas de cada turma". É importante, portanto, conversar com os catequistas de cada turma; descobrir se há catequizandos na turma com necessidades especiais; se existem, por exemplo, crianças de diversas culturas, etnias ou religiões dos pais; e pesquisar o histórico catequético de cada um. Entrevistas com os pais ou responsáveis também são úteis para saber com quem a criança mora, o que faz nas horas de lazer, se tem algum problema de saúde, de que brinquedos gosta e em que e
scolas estuda ou estudou e como foram essas experiências. "É bom descobrir o que os pais pensam, o que esperam da catequese e o que desejam para seus filhos". No grupo, é hora de observar quem desenha bem, tem facilidade ou não para leitura, gosta de falar ou é mais tímido. Com tantas informações em mãos, você poderá elaborar estratégias adequadas para todo o grupo considerando as características de cada um. "O plano de trabalho não pode estar pronto nos primeiros dias de catequese porque exige contato prévio com catequizandos e pais". Além disso, é preciso levar em conta o seguinte: mesmo que você planeje seus encontros de acordo com os conteúdos a ser abordados, sempre haverá, ao longo do ano, a necessidade de mudar os rumos. Um dos motivos é atender às necessidades momentâneas dos catequizandos. De que adianta, por exemplo, seguir o roteiro sem abordar temas que todos vêem na TV, como as catástrofes naturais ocorridas ultimamente? "Os encontros consistem em uma seleção pertinente para o momento, pois os conteúdos não se esgotam". 2. Avaliação: acompanhar o catequizandos para traçar o melhor caminho A avaliação sempre deve estar a serviço do catequizando. Isso significa que ela não tem como objetivo determinar notas, mas acompanhar o caminho que o catequizando faz, descobrir suas dificuldades e necessidades e alterar os rumos, se preciso. Ela é constante e pode ser feita durante trabalhos em grupo, jogos e brincadeiras. Só que o olhar do catequista, nesses momentos coletivos, deve ser sempre para cada catequizando. "Assim se observam os interesses e os avanços de todos na turma". Ao pensar em avaliação, você pode lançar mão de atividades interativas em que existam o diálogo, a troca entre os catequizandos, a participação e a cooperação. Também é importante ter conversas individuais, olhar o (portfólio) caderno, anotações e as produções, perguntar o que aprenderam e do que gostaram. O questionamento constante dá aos catequizandos a oportunidade de aprofundar as suas respostas. Para que você aproveite tudo isso, o registro diário é fundamental. "A observação só se torna um instrumento válido quando é registrada. As anotações mostram em que as crianças e adolescentes se desenvolveram e em que elas ainda precisam avançar". Você pode ainda avaliar a produção de texto individual, as manifestações dos catequizandos sobre diversos assuntos ou sobre um mesmo tema, em vários momentos e as atividades menores, individuais e freqüentes, corrigidas imediatamente. É preciso garantir que os catequizandos possam expressar sua fé de muitas maneiras (em músicas, textos, orações, gestos, pinturas, fotos). Tudo isso contribui para a aprendizagem e educação da fé. O processo é semelhante a um percurso e seu papel não é esperar os catequizandos no final. Você acompanha a turma, ajudando a ultrapassar os obstáculos do caminho. 3. Contextualização: ela vai muito além da relação com o cotidiano Existe certa confusão sobre o significado do termo contextualizar. A primeira definição é a de que se trata de trazer o assunto para o cotidiano dos catequizandos. É também, mas não só isso. Muitos conceitos e conteúdos são contextualizados no próprio tema abordado. "Isso significa colocar o objeto de estudo dentro de um universo em que ele faça sentido". Entendido isso, evitam-se situações forçadas, em que o catequista se sinta na obrigação de relacionar todo e qualquer conteúdo à vida dos catequizandos. Algumas vezes, aquilo que ele não consegue contextualizar acaba até sendo excluído do conteúdo, o que prejudica e muito, a aprendizagem da turma. 4. Objetivo: só depois que ele é definido, vêm o conteúdo e a metodologia Os objetivos que o catequista deseja alcançar devem sempre preceder sua ação. Receber os sacramentos não é objetivo embora seja o idealizado por muitos catequizandos e pais. Os sacramentos fazem parte do processo e estão inseridos na caminhada catequética. O ideal é estabelecer primeiro um objetivo e, depois, um caminho para alcançá-lo o que inclui definir o conteúdo e a metodologia. "É preciso ficar atento para ver se a catequese não está fazendo o contrário: definindo o caminho, que é passar um conteúdo preestabelecido, para depois pensar nos objetivos". Muitas vezes os catequistas ficam presos à obrigação de trabalhar o conteúdo preestabelecido e, ao mesmo tempo, à necessidade de fixar objetivos, mesmo que eles não façam sentido. "Aparecem situações estranhas: enquanto o objetivo é desenvolver a consciência crítica, o conteúdo a ser passado é a crase". Obviamente o que domina a cena é a crase, que o catequista pensa que tem de ensinar. O objetivo aparece apenas porque alguém disse que ele deveria estar lá. É preciso pensar no que vai ser feito e para quê. Exemplo de objetivo que norteia um trabalho: Trabalhar um tema sobre a escravidão para aumentar a solidariedade e compreender mais profundamente o significado da liberdade. Esse objetivo, é bom lembrar, deve sempre estar alinhado com a proposta pedagógica da catequese. Os conteúdos e a metodologia são o caminho a ser trilhado com base no que se estabeleceu como meta. 5. Conhecimento prévio e interesse dos catequizandos: quem descobre é você Os conteúdos abordados com o grupo devem, basicamente, contribuir para a formação de cristãos conscientes, informados e capazes de melhorar a sociedade. Por isso, é muito comum os catequistas tentarem montar seus encontros tendo como centro do trabalho o interesse dos catequizandos. Dessa maneira, eles teriam mais elementos para refletir sobre o meio em que vivem e sobre o que os cerca. Essa prática, porém, nem sempre garante bons resultados. "Ocorre até o contrário. Ao dar importância somente ao que os catequizandos já conhecem, muitas vezes os catequistas acabam caindo na superficialidade, presos a interesses imediatos". Como conseqüência, surge um conteúdo ditado pelas circunstâncias, que destaca acontecimentos pontuais e não um roteiro de trabalho construído com base na relação entre a proposta pedagógica e a realidade. "Essa questão só se resolve quando a equipe de cada catequese define os grandes horizontes políticos e pedagógicos de seu trabalho e, confrontando esses grandes ideais com a realidade e com a prática, descobre as necessidades de seus catequizandos". 6. Temas transversais: o pano de fundo do trabalho da catequese Temas transversais não são conteúdos em si, apenas permeiam todos eles. Se a catequese decide abordar ética de maneira transversal, não pode estipular um encontro sobre o assunto uma vez e esquecer dele no restante do ano. "Esses temas precisam estar presentes em todos os conteúdos, o tempo todo, como pano de fundo do trabalho da catequese". Ao abordar os temas transversais, o catequista leva os catequizandos a refletir para que eles tenham condições de construir conceitos, em vez de apenas coletar informações a respeito. "Caso contrário, é possível que os catequizandos organizem uma coleta seletiva no bairro ou arrecadem alimentos para um asilo sem pensar no porquê de fazer aquilo". Se a catequese propõe à garotada, por exemplo, mobilizar a população e a prefeitura da cidade para fazer um poço artesiano em benefício de uma comunidade que vive na seca, é preciso, antes da ação, uma reflexão profunda. O que é a seca? Que problemas ela traz? Um poço é a melhor solução para o momento? Há outras formas de contribuir? E, principalmente, por que devemos contribuir? Não é apenas o conteúdo catequético que dá gancho a esse tipo de trabalho. "Uma notícia de jornal e até um conflito durante o encontro podem ser mote para reflexão. É um trabalho contínuo, que nem sempre depende do planejamento dos encontros". 7.Tempo didático: para não errar na dose, é preciso ter objetivos claros Muitas vezes é difícil definir quanto tempo será gasto para desenvolver um tema, uma atividade ou um projeto. Para não errar na medida, é fundamental ter em mente três pontos: o que você quer ensinar, como cada um de seus catequizandos aprende e como você irá acompanhar e avaliar a garotada. "Se o tempo previsto der errado, é porque pelo menos um desses três itens não foi observado". Na prática, isso significa que você deve estabelecer, primeiramente, os objetivos e os conteúdos (seja para um encontro ou para um projeto mais longo). Depois, pensar nas atividades a ser desenvolvidas, baseando-se na maneira como seus catequizandos aprendem. Então, considerar que é preciso tempo para avaliar, constantemente, a produção da garotada e, dessa forma, saber se será necessário estender a abordagem de um ou outro conteúdo, sobre o qual eles apresentaram dificuldades. "É possível prever o tempo de um projeto, apesar dessas variações no meio do caminho". Por isso, é importante planejar o encerramento com certa antecedência em relação ao fim da etapa. Na catequese, evite encerrar etapas no último trimestre do ano, evitando que pais e catequizandos confundam com escola que tem seu tempo relacionado com o ano civil e principalmente o fim do ano letivo. 8.Inclusão: a catequese leva o catequizando com deficiência a avançar Receber uma criança ou adolescente com deficiência não deve ser motivo de angústia. Cada vez mais a inclusão tem sido discutida no meio educacional, e os catequistas hoje conseguem encontrar, em parceria com os pais, a coordenação e os especialistas nas deficiências, caminhos seguros para trabalhar. "A catequese serve para ampliar os conhecimentos. Por isso, o primeiro passo é procurar saber o que o catequizando com deficiência já sabe e quais são as possibilidades que ele tem de aumentar esses conhecimentos". Procure descobrir como tem sido a experiência do catequizando, pesquisando seu histórico e trocando informações com os pais e os catequistas da comunidade. Se ele estiver recebendo atendimento educacional especializado no contraturno em alguma instituição, é importante conversar com os especialistas ao longo do período catequético para acompanhar seu desenvolvimento. Isso pode ajudar muito a planejar os encontros, definir estratégias e escolher os melhores materiais o que é bom não só para o catequizando com deficiência, mas para a turma toda. Se sua catequese já oferece esse atendimento, a parceria com um especialista se dará de maneira ainda mais efetiva. No caso de haver um catequizando cego, esse profissional pode, por exemplo, ajudar você a elaborar materiais concretos para ensinar um conteúdo próprio (com figuras feitas em relevo, com tinta plástica ou objetos coladas no papel). "O catequista deve receber esse catequizando como ele recebe todas as outras. Ele é, acima de tudo, um aprendiz, um discípulo". 9. Educação Infantil: o segredo é a autoconfiança do catequista Ouve-se muito que o catequista de crianças da pré-catequese não pode ser autoritário e que deve se basear no interesse da turma. Mas o verdadeiro responsável pela definição dos temas e das atividades a ser desenvolvidas é ele mesmo. Deixar a cargo dos catequizandos essa escolha não é sinônimo de liberdade nem demonstra uma postura pedagógica avançada. "O catequista precisa conhecer o modo como as crianças aprendem e como se desenvolvem e levar isso em conta na hora de planejar cada encontro". Deve-se compartilhar com as crianças algumas etapas do trabalho — pois isso também ensina a estudar e a planejar —, mas sem deixar que elas tomem todas as decisões. Na construção de uma maquete, por exemplo, vale uma conversa com os catequizandos sobre o material a ser utilizado e sobre o que será representado, além de fazer com eles um cronograma, que será utilizado ao longo do trabalho. Esta é a melhor maneira de envolver as crianças e garantir o interesse pela catequese: escolher temas adequados à faixa etária, que sejam relevantes do ponto de vista cultural, esteja relacionado ao local em que a catequese está inserida e sejam propostos de forma instigante. 10. Atividades recreativas, gincanas, passeios: o programa vai além do conteúdo esportivo Essas atividades devem trazer discussões sobre assuntos como ética, cidadania, respeito às diferenças amizade, amor e cooperação. O cuidado constante com essas questões é essencial e se aplica até mesmo durante um campeonato de futebol. Sempre os escolhidos para formar os times são os mais hábeis e competitivos. Ficam para trás aqueles que, por algum motivo, têm dificuldade para jogar. "Cabe ao catequista discutir o problema claramente e perguntar por que foi escolhido este e não aquele catequizando". "Essas respostas vão permitir a ele trabalhar a questão das diferenças, que não se restringem às habilidades físicas, mas que são também socioeconômicas e culturais." Discussões desse tipo podem fazer parte da vivência diária dos catequizandos. "Não adianta apenas falar sobre as diferenças e continuar propondo somente atividades clássicas, como os jogos esportivos", afirma Monteiro. Para ele, uma boa alternativa é trabalhar com os chamados jogos cooperativos, em que são valorizados elementos como aceitação, envolvimento, colaboração e diversão. "Joga-se com o outro e não contra o outro. Para alcançar os objetivos é preciso esforço e dedicação". Quer saber mais? Bibliografia A prática do planejamento participativo, Danilo Gandin, 184 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 26,60 reais Avaliação nas práticas de ensino e estágios, Zelir Salete Busato, 88 págs., Ed. Mediação, tel. (51) 3330-8105, 25 reais Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 32 reais O jogo do contrário em avaliação, Jussara Hoffmann, 192 págs., Ed. Mediação, 32 reais Planejamento em destaque: análises menos convencionais, Maria Luisa M. Xavier, 176 págs., Ed. Mediação, 28 reais Ser professor é cuidar que o aluno aprenda, Pedro Demo, 88 págs., Ed. Mediação, 25 reais Internet www.escolaquevale.org.br você confere exemplos de seqüências didáticas

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

METODOLOGIA CATEQUÉTICA 1

METODOLOGIA CATEQUÉTICA: UM PROCESSO DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL * Partilho com vocês, um material elaborado por Erenice de Jesus, trabalhado numa formação com os catequistas da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de minha diocese. Dicas, direcionamentos de como montar, desenvolver um encontro catequético. Quando iniciamos as formações sobre IVC, foi a Erenice quem falou pra nós, pela primeira vez, depois, noutra ocasião Padre Antonio Francisco Lelo. Eles são assessores da Paulinas. Ela é autora do Livro "Iniciação à vida Cristã dos pequeninos", destinado à crianças que estão em idade de pré-catequese. Aqui usamos com crianças de 08 anos. Ótimo! Às vezes queremos mudar nossa catequese e não sabemos por onde começar. Eu diria, que se deve começar pelas formações, para não corrermos o risco de dar tiro no escuro. Depois de conscientizados, é hora de traçar metas, organizar, planejar... NUCAP – Núcleo de Catequese Paulinas
Erenice Jesus de Souza erenicej@uol.com.br Como bem nos afirma o Documento de Aparecida, pensar a Iniciação à Vida Cristã tornou-se um grande desafio a ser encarado com decisão, com coragem e com criatividade, em vista de colocarmos as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo, convidando-as para o Seu seguimento, cumprindo assim nossa missão evangelizadora. Surge, diante disso, a preocupação com o “modo de fazer” a catequese nos dias de hoje, caracterizado pela busca de um “jeito” que realmente favoreça o planejamento da ação catequética, tanto no que se refere aos temas e conteúdos, ou seja, às verdades da fé a serem apresentadas em autênticos itinerários de introdução e de amadurecimento na fé para crianças, jovens e adultos, quanto na própria definição de um roteiro para os encontros que contemple objetivos claros, uma linguagem adaptada e atenta à realidade que ressoe a mensagem cristã aos corações. Neste sentido, a partir das contribuições apresentadas pelos catequistas sobre “COMO PREPARAR UM ENCONTRO DE CATEQUESE”, apresentamos algumas considerações que visam auxiliar no desenvolvimento de uma dinâmica de trabalho bem fundamentada às diversas etapas da iniciação. São elas: 1. Em vista de atender ao que a Igreja orienta de acordo com a INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ, é de fundamental importância DESESCOLARIZARMOS as nossas concepções, a nossa linguagem, as nossas práticas. Para isso, vale relembrar e reafirmar: ENCONTRO CATEQUÉTICO NÃO É AULA, VIVÊNCIA/CONTEÚDO CATEQUÉTICO NÃO É MATÉRIA, CATEQUIZANDO NÃO É ALUNO, CATEQUISTA NÃO É PROFESSOR. 2. Ao preparar um encontro catequético, o catequista deve ter clareza do que irá desenvolver com o seu grupo. Para isso, a elaboração de um roteiro dos temas a serem desenvolvidos e um planejamento no qual seja contemplada a participação nas atividades pastorais e noutras de interesse do próprio grupo é de fundamental importância neste processo. 3. Definir o passo-a-passo de um encontro catequético deve proporcionar segurança ao catequista sobre o que será vivenciado no tempo em que estará com os catequizandos e vice-versa. Para isso, contar com a opinião dos catequizandos, de modo que eles possam ajudar o catequista no planejamento dos encontros é uma dica importante. Converse com o grupo e veja quais são as suas expectativas, o que gostariam que tivesse na catequese. Isso os ajudará a entender o que é a catequese e como ela se organiza. IMPORTANTE: tudo o que for decidido deve somar forças para um aprendizado seguro da fé cristã. 4. Jeitos para realizar um encontro catequético não faltam. Uma variedade de momentos podem ser vivenciados, de modo que o essencial à prática catequética, ou seja, à educação na fé seja contemplado. Neste sentido, acreditamos que bons encontros catequéticos devem contemplar: a) Preparação do ambiente: de acordo com o tema a ser trabalhado o espaço do encontro poderá ser organizado com símbolos, cartazes. Torna-se indispensável a organização de um local no qual a Bíblia e uma vela estejam sempre presentes. b) Acolhida: à chegada para o encontro o grupo deve ser acolhido de maneira que sinta a importância da sua presença no encontro. Seja com um bom dia/boa tarde/boa noite, uma lembrancinha, uma mensagem/cartãozinho, uma música, uma dinâmica... contar como foi a semana, conversar sobre algum assunto de interesse do grupo, alguma notícia em evidência... Fazer uma procissão de entrada da Bíblia, de uma vela e de algum símbolo referente ao tema, tornam-se opções. c) Oração: neste momento toda a disposição dos presentes deve ser elevada para o sentido pleno do que será vivenciado. Fazer uso do silêncio, dos olhos fechados, dar as mãos, ajoelhar-se, sentar, ficar em pé... seja com uso de um refrão meditativo, apresentação de preces (pedidos/intenções), agradecimentos... O uso de uma música, a Proclamação do Salmo referente à liturgia do domingo ou de algum versículo vocacional (Ex. Jeremias 1, 4-10) tornam-se algumas opções. Orações como “Pai Nosso, Ave Maria, Salve Rainha, Creio, Espírito Santo” são apresentadas na medida em que os estudos são realizados. d) Apresentação do tema: Realizada a acolhida e a oração, no momento de apresentar o tema o catequista poderá fazer uso de um cartaz/símbolo, por exemplo, expondo-o para que o grupo direcione a sua atenção para o que será tratado.Fazer memória do encontro anterior, de modo a garantir a coerência das ações é uma prática a ser destacada. Conversar com o grupo e ouvir suas primeiras ideias/impressões sobre o tema é uma prática que favorecerá um diagnóstico do que os grupo já sabe e o que precisa aprender. Neste sentido, os livros/subsídios trazem elementos que contribuem para que o catequista tenha conhecimento sobre o que dialogar com o grupo, o que questionar, como acolher suas dúvidas. e) Proclamação da Palavra: todo o trabalho toma sentido neste momento. A Palavra deverá ser proclamada com clareza. O catequista poderá proclamá-la, um catequizando poderá fazê-la (desde que seja solicitado na semana anterior para que ele possa se preparar). Os versículos selecionados poderão ser lidos no seu conjunto e depois no momento da reflexão) um versículo por vez vai sendo retomado. Que a Palavra seja proclamada de forma solene, diretamente do ambão/mesa. No caso da opção pelo “Evangelho” do domingo, ampliar a compreensão do que é tratado a partir da proclamação da Primeira Leitura (Antigo Testamento), do Salmo e da Segunda Leitura (Cartas Paulinas). O uso do Método da Leitura Orante (Lectio Divina). f) Reflexão/Vivência: Optar pela realização de uma dinâmica que motive a compreensão sobre o tema, ou seja, um trabalho em grupo com cartazes/maquetes, atividades escritas ou ilustrativas, gincanas, brincadeiras, músicas, ensaio de peças teatrais, trabalhos manuais com recorte/colagem, debates nos quais opiniões diferentes podem ser apresentadas sobre um mesmo assunto (na medida em que na discussão possa ser revelada a visão cristã sobre o assunto em questão), apresentação de textos/histórias diversas, testemunhos (experiências de vida), visitas, filme, entre outros, tornam-se elementos a serem valorizados. g) Partilha/compromisso/gesto concreto: Fazer ressoar na vida o que é vivenciado na catequese é o verdadeiro propósito. Para isso, decidir um gesto concreto, uma ação para a semana seguinte ou algo que possa ser feito para ajudar alguém (por ex. em um determinado momento é solicitado ao grupo trazer alimentos para que uma cesta básica seja montada), entre outras possibilidades. Avisos/convites/apresentação das pastorais poderão ser realizados, bem como a orientação de atitudes a serem vivenciadas em casa, na escola, na rua, no trabalho... h) Celebração: é fato que a Liturgia deve permear a ação catequética. Para tanto, o catequista deverá resinificar os momentos finais dos encontros para além da concepção de um “oração final”. Quando tratamos de “celebração”, garantimos que tudo o que foi vivenciado tem um sentido pleno, uma espiritualidade. Que neste momento práticas como, por exemplo, o gesto de molhar a mão na água benta e traçar sobre si o sinal da cruz, seguido de uma canção pouco a pouco vão orientando os catequizandos para a necessária santificação de suas ações. Apresentar as preces, fazer pedidos, agradecimentos, abençoar o grupo, solicitar aos catequizandos que escrevam orações e a depositem em um caixa, solicitar que escrevam orações ou que tragam orações escritas pelos seus familiares a as apresentem, a realização de um lanche, o abraço da paz, entrega de lembrancinha/mensagem... são evidencias celebrativas a serem contempladas.

METODOLOGIA CATEQUÉTICA: UM PROCESSO DE INSPIRAÇÃO...

Sou CATEQUISTA de IVC: METODOLOGIA CATEQUÉTICA: UM PROCESSO DE INSPIRAÇÃO...: * Partilho com vocês, um material elaborado por Erenice de Jesus,  trabalhado numa formação com os catequistas da Paróquia Sagrado Coração...