quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A conversão pastoral

       

Documento de Aparecida

 370. A conversão pastoral de nossas comunidades exige que passemos de uma pastoral de mera conservação a uma pastoral decididamente missionária. Assim, será possível que "o único programa do Evangelho continue a ser introduzido na história de cada comunidade eclesial" (NMI 12) com novo ardor missionário, tornando a Igreja manifesta como uma mãe que se encontra, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária.
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A conversão pastoral é uma necessidade urgente.
   O modelo das primeiras comunidades cristãs relatada pelo evangelista Lucas em Atos dos Apóstolos 2, 42-47, retrata a dinâmica da vida comunitária conforme a proposta do mestre.
"Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações." (v. 42) "louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação." (v. 47)

A conversão pessoal gera a conversão da Pastoral.
   Não se pode esperar que uma pastoral se torne missionária se seus membros insistem em comportar-se como pseudo convertidos. É preciso converter-se de uma vez por todas aos ensinamentos do mestre de Nazaré.
"Rasgai vossos corações e não vossas vestes; voltai ao Senhor vosso Deus, porque ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, pronto a arrepender-se do castigo que inflige." (Joel 2, 13)

Ela exige que se abandone as velhas estruturas.
   O episódio do Evangelho de Mateus 10, 1-15 quando reúne os discípulos para enviar-lhes a missão diz claramente como o mestre quer o trabalho realizado pelos operários.
"ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel. Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!" (Mateus 10, 6-8)

A mudança é necessária para o anúncio eficiente do Evangelho.
   As DGAE 2015-2019, faz uma leitura da realidade quando diz
Vivemos uma época de transformações profundas. Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”.” (v. nº 19)
"Isso é tanto mais importante porque sabeis em que tempo vivemos. Já é hora de despertardes do sono. A salvação está mais perto do que quando abraçamos a fé."  (Romanos 13, 11)

É preciso um novo ardor missionário.
   Refazer as forças, superar o comodismo, sair da zona de conforto e renovar as forças é a palavra de ordem.
"Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Romanos 12, 1-2)

Como operários, a palavra de ordem é cuidar do rebanho do mestre.
   Na conversa do mestre com o discípulo escolhido, (João 21, 1-25) logo depois da ressurreição no episódio da Aparição na Galileia, o apóstolo eternizou o desejo do dono do rebanho:
“Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros." (v. 16)

Só será possível cuidar do rebanho se a Pastoral for decididamente missionária!
   “Ser verdadeiro discípulo missionário exige o vínculo efetivo e afetivo com a comunidade dos que descobriram fascínio pelo mesmo Senhor. Ele sabe que exerce sua missão na Igreja, “em saída”.” (DGAE 2015-2019 nº 13)
"porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). .Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? .E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)?" 

 Abraço fraterno do catequista Josivaldo.

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