O Querigma –
Querigma e Catequese
·
O Querigma: Primeiro anúncio de Jesus
·
A Catequese: Ensino progressivo da fé
São 2 passos consecutivos, onde o
querigma sempre deve anteceder à catequese. Se o querigma é a forte
badalada do sino, a catequese é o eco da badalada. A catequese prolonga o
anúncio querigmático. Não é fria doutrina ou meros ensinamentos
teóricos, mas a extensão e a plenitude da nova vida trazida por Jesus. A vida
nos é dada pela fé com que respondemos ao anúncio querigmático, mas a vida em
abundância chega à sua plenitude, através da catequese vivida na fé.
O Querigma – Os 3 Personagens da Evangelização
Na evangelização há 3 personagens: O Evangelizador, o Evangelizando e o
Espírito Santo. Cada um com seu papel bem claro e definido, que não deve ser
suplantado pelo outro.
1) O Evangelizando: Escuta e Responde a Deus
·Seu papel é escutar a Palavra anunciada pelo evangelizador
·Ele, e somente ele, dá uma resposta à Palavra proclamada, com uma
atitude tanto interior, quanto exterior
·Ele se confessa pecador e pede perdão de seus pecados
· Proclama Jesus como Senhor de sua vida
·Pede a Jesus Messias o Espírito Santo e o recebe
Não lhe compete:
·Discutir com o evangelizador. Porém, é legítimo que faça perguntas e
tire dúvidas
·Dar, mas apenas receber
·Justificar-se: “eu não faço nada de mal”, nem condenar-se: “eu não tenho
perdão”
2) O Espírito Santo: Convence e Converte
· A proclamação e o
testemunho do evangelizador são instrumentos necessários, mas apenas
instrumentos, já que o agente principal da evangelização é o Espírito Santo. Ele
atua tanto no evangelizador quanto no evangelizando.
Atuação do Espírito Santo no
evangelizador:
· Dá-lhe zelo pelo
Evangelho
· Unge-o e usa-o como
canal de sua obra
· Enche-o de poder e amor
Atuação do Espírito Santo no evangelizando:
· Usando as palavras e
atitudes do evangelizador como veículo de sua obra salvífica, o Espírito Santo
é quem realiza com eficácia a obra da evangelização, infundindo a fé, para
convencê-lo de que é pecador necessitado de salvação e, em consequencia, que
proclame Jesus como Salvador e Senhor.
3) O Evangelizador: Proclama e Testemunha
· Proclama Jesus, uma
Pessoa Viva e seus atos de Salvação
· Anuncia jubilosamente a
Boa Nova: Já fomos salvos
· Apresenta Jesus
Salvador como a única solução para cada homem, para a sociedade e para o mundo
inteiro
· É testemunha e dá
testemunho: Com sua própria vida e em todo tempo e lugar, é testemunha de que
graças a Jesus é possível viver de uma maneira nova neste mundo, e que sua
morte e ressurreição são eficazes nos dias atuais. E testifica com palavras o
que Deus realizou nele
Não lhe compete:
· Ensinar teorias ou
apresentar doutrinas.
· Defender Deus. O
advogado é o Espírito Santo.
· Tentar convencer o
evangelizando com argumentos, citações bíblicas, sugestão ou qualquer tipo de
manipulação dos sentimentos.
· Converter e transformar
as pessoas, pois quem converte e transforma é o Espírito Santo.
· Ver o fruto terminado
da obra de evangelização
Há 4 condições necessárias para se poder ser um evangelizador e, posteriormente,
um formador de evangelizadores:
· Ter experiência de
salvação
· Ter zelo pelo evangelho
· Análise da realidade
· Viver o Evangelho
Analisemos estas condições:
O testemunho deve ter 3 características: ABC (Alegre, Breve e Centrado em
Cristo)
Alegre:
Um testemunho deve estar envolto numa atmosfera de alegria, acompanhado de um sorriso, do entusiasmo das palavras e da convicção dos olhos. A alegria é o primeiro sinal de quem encontrou o tesouro escondido. Não se trata de uma alegria porque não existem problemas, mas sim porque a alegria do Senhor é nossa fortaleza.
Um testemunho deve estar envolto numa atmosfera de alegria, acompanhado de um sorriso, do entusiasmo das palavras e da convicção dos olhos. A alegria é o primeiro sinal de quem encontrou o tesouro escondido. Não se trata de uma alegria porque não existem problemas, mas sim porque a alegria do Senhor é nossa fortaleza.
Breve:
Um bom testemunho deve ser centrado no fundamental da obra salvífica de Deus, sem entrar em detalhes acidentais ou complicados. Os relatos longos são cansativos porque se perde o enfoque fundamental. Não se deve exagerar as coisas, nem o nosso pecado, nem a obra salvífica de Deus.
Um bom testemunho deve ser centrado no fundamental da obra salvífica de Deus, sem entrar em detalhes acidentais ou complicados. Os relatos longos são cansativos porque se perde o enfoque fundamental. Não se deve exagerar as coisas, nem o nosso pecado, nem a obra salvífica de Deus.
Centrado em Cristo:
Um testemunho não está centrado em quem o dá, para que os outros o admirem, mas sim centrado em Cristo mesmo, e em sua obra salvífica.
Um testemunho não está centrado em quem o dá, para que os outros o admirem, mas sim centrado em Cristo mesmo, e em sua obra salvífica.
Há quem pense que os testemunhos que
mais impressionam são aqueles em que Deus realizou coisas maravilhosas e
mudanças radicais, acompanhados por milagres e sinais extraordinários. Não é
sempre assim. Cada testemunho toca às pessoas que estão seguindo um caminho
semelhante. Há muitas pessoas que se parecem com cada um de nós e não necessitam
de grandes coisas. Nosso testemunho para eles será uma grande libertação.
O testemunho deve terminar sempre com
uma explícita exortação: “Se fez em mim, pode fazer em ti. O Senhor quer fazer
também em tua vida”.
José H. Prado Flores
Livro: Como Evangelizar os Batizados (Ed. Loyola)
Livro: Como Evangelizar os Batizados (Ed. Loyola)
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