quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PEQUENO LÉXICO DA INICIAÇÃO CRISTÃ

PEQUENO LÉXICO DA INICIAÇÃO CRISTÃ Admissão – Rito pelo qual os “simpatizantes”, reunidos publicamente pela primeira vez, manifestam suas intenções à Igreja e esta acolhe os que pretendem tornarem-se seus membros (cf. RICA 14-17). Este rito é celebrado quando, tendo acolhido o primeiro anúncio do Deus vivo, os candidatos já têm uma fé inicial em Cristo. Pressupõem-se, portanto, a primeira evangelização, o início da conversão e o sentido da Igreja (cf. RICA 68). Catecumenato – Tempo prolongado que se segue imediatamente ao pré-catecumenato. É o “segundo tempo” da Iniciação Cristã. Ao longo deste Tempo, os candidatos recebem uma adequada formação e, no exercício de uma oportuna disciplina, amadurecem as disposições de espírito manifestadas no dia da sua admissão (cf. RICA 19). Em sentido lato, na verdade impróprio, designa todo o processo de iniciação que achamos por bem chamar só de processo. Catecúmeno – Pessoa que, no contexto do catecumenato (“segundo Tempo”), é colocada em contato com o conjunto da mensagem cristã (em forma de doutrina na catequese), que lhe é comunicada de forma essencial, completa e sistemática, progride na prática da vida de fé e participa de um conjunto de celebrações. Catequista – Membro da comunidade eclesial que tem o dom, a vocação e a preparação adequada para apresentar e aprofundar com os catecúmenos o conjunto da mensagem cristã em nome da Igreja (em forma de doutrina na catequese). Celebrações de passagem – Celebrações que marcam a passagem de um Tempo a outro do processo de Iniciação. O RICA chama as passagens de um Tempo a outro de “graus”, “portas”, “passos” ou “ETAPAS” (cf. RICA 6). Há, portanto, “três etapas, passos ou portas que devem ser considerados que devem ser considerados momentos fortes ou mais
densos da iniciação. Essas etapas são marcadas por três ritos litúrgicos: a primeira, pelo rito de instituição dos catecúmenos [admissão]; a segunda, pela eleição; e a terceira, pela celebração dos sacramentos” (RICA 6). Competentes – A partir do dia da sua “eleição”, os catecúmenos são chamados “eleitos”, “competentes” ou “iluminandos”. Denominam-se “competentes” porque todos juntos “se esforçam para receber os sacramentos de Cristo e o dom do Espírito Santo” (RICA 24). Conversão - Atitude permanente de quem se dispõe a seguir Cristo; mudança na visão da vida e do mundo e por isso mudança de hábitos. Devolução – Em latim, “redditio”, que quer dizer devolução. É a contrapartida da “entrega”, em latim “traditio”. Tendo recebido o Credo e o Pai-nosso, o catecúmeno “devolve” o dom que recebeu, em termos de fé, vida cristã, testemunho, missão. Ver “Entregas”. “Éfeta” – Toque nos ouvidos e na boca dos catecúmenos, que inculca a necessidade da graça “para se ouvir e professar a palavra de Deus a fim de alcançar a salvação” (RICA 200). Eleição – Rito pelo qual a Igreja elege (escolhe, seleciona, define) e admite os catecúmenos que se acham em con¬dições de participar dos sacramentos da iniciação cristã nas próximas celebrações pascais (cf. RICA 22). Realizado no início da Quaresma, é o momento central do Catecumenato (sgundo Tempo), pelo qual, após o discernimento (escrutínios), aqueles que realmente querem receber os sacramentos, se julgados preparados, são escolhidos (eleitos) para celebrarem os sacramentos. "Denomina-se eleição porque a Igreja admite o catecúmeno baseada na eleição de Deus, em cujo nome ela age" (RICA 22). Eleitos – Catecúmenos que foram considerados aptos e admitidos “à recepção dos sacramentos da iniciação cristã. Ver “eleição”, “competentes”, “iluminandos”. Entrega – Entrega (em latim, “traditio”, que quer dizer “transmissão”) aos catecúmenos dos documentos que contêm sinteticamente o conteúdo da fé professada pela Igreja (Símbolo ou Credo) da oração que os primeiros discípulos aprenderam do Senhor (Oração do Senhor ou Pai-nosso). Entrega da Bíblia – Não é prevista pelo RICA, mas pode ser feita, no interior de uma celebração, antes de se iniciar ou durante o estudo dos temas próprios do catecumenato. Entrega do Creio – Entrega (traditio, em latim) aos catecúmenos, durante o tempo do catecumenato, do Símbolo da Fé (Credo). A Igreja confia aos catecúmenos “os documentos considerados desde a antiguidade como o compêndio de sua fé e oração”. Os eleitos devem “aprendê-lo de memória e o recitarão em público antes de professarem, no dia do Batismo, a fé que ele expressa” (RICA [183]). Entrega do Pai-nosso – Entrega (traditio, em latim) aos catecúmenos, durante o tempo do catecumenato, da Oração do Senhor (Pai-nosso). “Desde a antiguidade é a oração característica dos que recebem no Batismo o espírito de adoção de filhos e será dito pelos neófitos, com os outros batizados, na primeira Eucaristia de que participarem” (RICA [188]). Escrutínios – Ritos de discernimento do pro¬gresso do catecúmeno em relação à compreensão e assimilação da mensagem, à conversão e à vida cristã, à participação na comunidade, nas celebrações litúrgicas e na missão, e à vida de oração. Têm basicamente duas funções: ajudar os eleitos a se conscientizarem das “sombras” que têm no coração (faltas, insuficiências, defeitos) para as eliminar; ajudá-los a se conscientarem também de suas “luzes” (qualidades, dons, virtudes) para reforçá-las. Os escrutínos têm a finalidade de livrar os catecúmenos do pecado e do espírito do mal, e, positivamente, de infundir neles um vigor novo em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. RICA 25). Etapas – "Passos pelos quais o catecúmeno, ao caminhar, como que atravessa uma porta ou sobe um degrau" (RICA 6). As “etapas” são marcadas por ritos solenes que marcam a passagem de um “Tempo” a outro. As grandes celebrações de passagem ou “etapas” são três: o Rito de Admissão ou Entrada no Catecumenato, o Rito da Eleição e a Celebração dos Sacramentos da Iniciação. Exorcismos - Rito pelo qual os eleitos são, por um lado, libertados das consequências do pecado e da influência diabólica, e, pelo outro, são “fortalecidos em seu caminho espiritual e abrem o coração para receber os dons do Salvador” (RICA 156). Iluminação – (a) Um dos nomes do batismo na Igreja antiga. (b) Terceiro tempo do itinerário catecumenal, chamado de “purificação e iluminação”, que coincide com a Quaresma e é "destinado à mais intensa pre-paração espiritual" (RICA 7; cf. IBIDEM, 21-22) (c) Tempo de preparação próxima para receber os sacramentos da iniciação. Ver “Purificação”. Iluminandos – Outro termo para dizer “eleitos” ou “competentes”. O termo “iluminandos” tem a ver com “iluminação”, que é um dos nomes do sacramento do Batismo. De fato, por meio do Batismo, os neófitos são penetrados pela luz da fé. O RICA afirma que se podem usar também outros nomes, mais facilmente compreensíveis, de acordo com os diversos contextos culturais (Cf. RICA 24). Iniciação cristã – A Iniciação Cristã estritamente dita é “a primeira participação sacramental à morte e ressurreição de Cristo” (RICA 8), pela qual o catecúmeno é iniciado como cristão, isto é, incorporado a Cristo e à Igreja e se torna participante de sua vida e missão. Em sentido amplo, porém, é todo o processo que, começando com o pré-catecumenato, e passando pelo catecumenato, pela iluminação e purificação, culmina com a celebração conjunta do Batismo, da Crisma e da Eucaristia, e se conclui com a mistagogia. Inscrição dos nomes – Outro nome da eleição, apesar de, na verdade, ser apenas um momento do Rito da Eleição. “Chama-se [o rito da eleição] também “inscrição dos nomes” porque os candidatos, em penhor de sua fidelidade, inscrevem seus nomes no registro dos eleitos” (RICA 22). Instituição dos catecúmenos – Outro nome dado ao Rito de Admissão ou Entrada no Catecumenato, pelo qual os que passaram pelo pré-catecumenato são aceitos e entram no grupo dos catecúmenos (RICA 14). Ver “Admissão”, “Rito de Admissão”. Introdutor – Pessoa da comunidade eclesial que acompanha pessoalmente, do início ao fim do processo, o candidato aos sacramentos da iniciação. Diz o RICA: “O candidato que solicita sua admissão entre os catecúmenos é acompanhado por um introdutor, homem ou mulher, que o conhece, ajuda e é testemunha de seus costumes”. Não é necessariamente o padrinho: “Pode acontecer que esse introdutor não exerça as funções de padrinho nos tempos da purificação, da iluminação e da mistagogia; nesse caso, será substituído por outro” (RICA 42). Mistagogia – (a) Introdução (condução) ao mistério. (b) Último tempo da iniciação, que coincide com o Tempo Pascal. (c) “Aquisição de experiências e de resultados positivos, assim como ao aprofundamento das relações com a comunidade dos fiéis” (RICA 7). (d) A mistagogia visa ao aprofundamento do mistério pascal mediante a meditação do Evangelho, a participação na Eucaristia e a prática da caridade, de modo que o mistério se torne prática concreta de vida (cf. RICA 37-40). Neófitos – Aqueles que foram iniciados no mistério pascal através dos Sacramentos da iniciação (cf. RICA, 37-40). Em sentido lato, na Igreja primitiva, indivíduo recentemente convertido ao cristianismo. Literalmente, “planta nova”, “plantado há pouco”. Padrinho e madrinha – Homem ou mulher escolhido pelo catecúmeno e delegado pela comunidade local com a aprovação do sacerdote, “acompanha o candidato no dia da eleição, na celebração dos sacramentos e no tempo da mistagogia.” Seu dever é “ensinar familiarmente ao catecúmeno como praticar o Evangelho em sua vida particular e social, auxiliá-lo nas dúvidas e inquietações, dar-lhe testemunho cristão e velar pelo progresso de sua vida batismal” (RICA 43; cf. IBIDEM, Observações preliminares 8-10). Pré-catecumenato – Primeiro Tempo do processo de Iniciação. Intervalo indeterminado de tempo para o acolhimento do ‘simpatizante’ na comunidade cristã, o primeiro anúncio ou evangelização e uma primeira adesão à fé (RICA 7; 9-13). Processo de IVC íntegra - é muito maior, mais profundo, mas largo, mais intenso do que a Catequese. Essa é parte integrante e indispensável do processo, mas não única apesar de ser o carro chefe ou ponta de lança. Ela é parceira estar ao lado de outros elementos: serviços permanentes do mistério da fé. Não existe IVC sem catequese, essa está a serviço da IVC. Purificação - Terceiro Tempo do catecumenato, que normalmente coincide com a Quaresma. Tempo consagrado a preparar os catecúmenos celebração do mistério pascal, no qual serão inseridos por meio dos Sacramentos da iniciação (Cf. RICA 21). Neste, destinado a uma mais intensa preparação do coração e do espírito, a Igreja faz a escolha, a eleição dos catecúmenos que foram considerados idôneos a receber os sacramentos (Cf. RICA 22). Ver “Iluminação”. Renúncia - Renegar o pecado, o demônio, suas obras e seduções. Está colocada antes do ato batismal. RICA – Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, publicado, por autoridade do Papa Paulo VI, pela Sagrada Congregação do Culto Divino, em 1972. O título latino é Ordo initiationis christianae adultorum (OICA). Rito - Conjunto de gestos, palavras, sinais e símbolos estruturados e realizados no modo estabelecido (“rite”, em latim) que, comunicam determinado sentido, visa à consecução de um determinado bem. Rito de admissão ao catecumenato – Ver “Admissão”. Rito da eleição – Ver “Eleição”. Rito do “Éfeta” – Ver “Éfeta”. Sacramentos da iniciação – Batismo, crisma e eucaristia. Simpatizante – Pessoa que exprime o desejo de se aproximar de Cristo, da Igreja, da vida cristã, e que, em função disso, é candidata ao processo de iniciação. (cf. RICA 12-13) Tempo – Cada um dos quatro períodos do processo de iniciação: pré-catecumenato, catecumenato, purificação e iluminação, mistagogia (Cf. RICA 7). Distingue-se da “etapa”, que é o nome dado ao rito que marca a passagem de um “tempo” a outro. Ver “Etapas”.

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